Sábado, 25 de outubro de 2025

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, um dos nomes mais ameaçados do país por enfrentar o crime organizado em São Paulo, voltou a ser alvo do Primeiro Comando da Capital (PCC). Uma liderança da facção criminosa chegou a avisá-lo, anos atrás, que o “salve” — termo usado pelos criminosos para se referirem a ordens de execução — “seria cumprido até contra o senhor”, em tom de ameaça direta.
Tudo começou em 2009, durante a investigação do assassinato de Denílson Dantas Gerônimo, agente do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes, morto a tiros em Álvares Machado, no interior paulista. Segundo o promotor, o crime abalou o sistema prisional, já que o servidor era considerado de elite, responsável por lidar com os presos mais perigosos do país.
Gakiya contou que, meses antes, havia desmobilizado outro plano do PCC para matar um agente penitenciário. Mesmo assim, a facção manteve o comando de execução e cumpriu a ordem, demonstrando o poder e a determinação da organização criminosa em eliminar seus alvos, custe o que custar.
Hoje, Gakiya vive sob escolta da Polícia Militar há mais de 10 anos, depois de ser incluído em uma lista de morte do PCC. Ele revelou que sua casa foi monitorada por drones e que o plano para executá-lo também incluía o ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morto em setembro, em uma emboscada no litoral paulista.
PCC vigiava autoridades
Nesta sexta-feira (24), o Ministério Público e a Polícia Civil deflagraram a Operação Recon, para desmontar o novo plano da facção. Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em várias cidades do interior de São Paulo, como Presidente Prudente, Álvares Machado e Presidente Venceslau.
O grupo investigado é descrito como “altamente disciplinado” e especializado em vigiar autoridades e suas famílias — um braço de inteligência do PCC voltado para o terror contra quem ousa enfrentá-los.
Fonte: Blog do BG
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