martins em pauta

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

STF joga pressão no STM e abre caminho para cassar patentes de Bolsonaro e generais condenados

Quarta, 26 de novembro de 2025

Foto: Superior Tribunal Militar/Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes decidiu apertar ainda mais o cerco e enviou ao Superior Tribunal Militar (STM) o pedido para analisar a possível perda de patente de Jair Bolsonaro e de generais condenados no chamado “núcleo 1” da trama golpista. O STF já confirmou as penas, e agora cabe à Justiça Militar decidir se os oficiais mantêm — ou não — seus títulos nas Forças Armadas.

O pedido envolve Bolsonaro, capitão reformado do Exército, condenado a 27 anos e 3 meses; o general Braga Netto, sentenciado a 26 anos; o general Augusto Heleno, a 21 anos; o almirante Almir Garnier, a 24 anos; e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, condenado a 19 anos.

Todos ultrapassam o limite de dois anos de prisão previsto na Constituição para que um oficial tenha sua conduta julgada como “indigna” pelo STM — o que leva à perda da patente e do vínculo militar.

A regra está no artigo que determina que qualquer militar condenado a mais de dois anos em decisão definitiva deve passar pelo crivo do Tribunal Militar para decidir se continua sendo oficial ou se perde tudo. Nesse caso, a decisão política e jurídica se mistura e coloca o STM no centro da maior crise institucional recente.

Fora da lista está apenas o tenente-coronel Mauro Cid, que fechou delação premiada e pegou 2 anos em regime aberto, ficando abaixo do corte constitucional.


Bolsonaro encara nova audiência de custódia nesta quarta (26)

Quarta, 26 de novembro de 2025

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passa por mais uma audiência de custódia nesta quarta-feira (26), depois que o ministro Alexandre de Moraes decidiu executar imediatamente a pena de 27 anos e 3 meses imposta pelo STF. Bolsonaro seguirá preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, no mesmo local onde já estava por causa do outro processo — o da suposta coação, que envolve também seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro.

A audiência não muda o quadro: não há chance de revogar a prisão. O procedimento serve apenas para verificar se o local onde o ex-presidente está detido oferece condições adequadas e se houve algum abuso na execução da ordem. A sessão será às 14h30, por videoconferência, conduzida por um juiz ligado ao gabinete de Moraes.

Bolsonaro foi informado da ordem de prisão dentro do próprio quarto da PF, por um delegado. Enquanto isso, Moraes já pediu que o ministro Flávio Dino convoque a Primeira Turma para referendar sua decisão. Também expediu ordens de prisão para os demais réus do chamado “núcleo 1”, com exceção de Mauro Cid, que já cumpre pena em regime aberto.

Defesa tenta manobra final

A defesa do ex-presidente prepara novos recursos. Mesmo sem apresentar os segundos embargos de declaração, os advogados querem ingressar com embargos infringentes, alegando que o voto divergente do ministro Luiz Fux permitiria reabrir o julgamento.

Eles afirmam que o STF pode rever o entendimento à luz do Pacto de San José da Costa Rica e tentam, ainda, pressionar por uma prisão domiciliar humanitária. Mas Moraes já sinalizou que deve rejeitar — como fez nos casos de Braga Netto e Almir Garnier, considerando a manobra “protelatória”.

Senado impõe derrota a Lula e aprova pauta-bomba de R$ 40 bilhões — e até o PT embarca na conta

Quarta, 26 de novembro de 2025

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O governo Lula levou uma pancada no Senado nesta terça-feira (25): os senadores aprovaram, por 57 votos, o projeto que muda as regras de aposentadoria dos agentes comunitários de saúde — uma pauta-bomba com impacto estimado de R$ 40 bilhões em 10 anos. Nenhum voto contrário. E o detalhe mais constrangedor: até o PT votou a favor, seguindo orientação do líder Rogério Carvalho.

A votação caiu como um recado direto para Lula. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, colocou o projeto na pauta logo depois de Lula anunciar Jorge Messias para a vaga no STF — escolha que contrariou o grupo que queria o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no Supremo. Em Brasília, ninguém disfarça: foi retaliação pura.

Pelo texto aprovado, agentes homens poderão se aposentar aos 52 anos e mulheres, aos 50, desde que comprovem 20 anos de serviço. Também há brechas para aposentadoria com 15 anos na função e 10 em outra atividade, além de pensão por morte e regras especiais para quem teve readaptação por motivo de saúde. Tudo muito “generoso” — e caríssimo.

O próprio governo admitiu que a bomba é grande. O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, chamou o projeto de “ruim do ponto de vista econômico” e “excessivamente oneroso”. A estratégia agora é tentar convencer Lula a vetar. Mas, se o Congresso derrubar o veto — o que é bem possível — o Planalto já fala em recorrer ao STF para tentar barrar o estrago.

Enquanto isso, o rombo cresce… e o governo tenta explicar como perdeu até para sua própria base.

Alcolumbre dobra a aposta e põe em prática estratégia para barrar “Bessias”

Quarta, 26 de novembro de 2025

 



 

"Alcolumbre dobrou a aposta e mandou Messias se virar para falar com 81 senadores em apenas 10 dias úteis", disse uma fonte que acompanha as negociações.

Para ser confirmado no STF, Messias precisa obter no mínimo 41 votos favoráveis no Senado.

A abordagem de Alcolumbre com Messias difere da adotada com André Mendonça em 2021. Na época, o presidente do Senado adiou a sabatina por quatro meses, período que permitiu a Mendonça articular apoios e garantir sua aprovação com 47 votos, seis acima do mínimo necessário.

Um interlocutor de Alcolumbre afirmou que o senador "não quer cometer o mesmo erro" do passado. A análise indica que o tempo prolongado dado a Mendonça possibilitou que ele mobilizasse aliados e revertesse resistências.

Durante o processo de Mendonça, Alcolumbre enfrentou pressão de lideranças evangélicas do Amapá nas redes sociais. Esses grupos o acusaram de promover uma "guerra santa" contra o então indicado, apresentado como "terrivelmente evangélico".

Em ambos os casos, Alcolumbre demonstrou insatisfação com as escolhas para o STF. O senador amapaense trabalhou contra as duas indicações, preferindo o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do ex-procurador-geral Augusto Aras para as respectivas vagas.

Pessoas próximas a Lula avaliam que a ação de Alcolumbre constitui um erro "que vai custar caro". Um interlocutor do presidente declarou: "Se ele não derrotar Messias, vai ganhar um inimigo no STF para o resto da vida. Se por acaso ele conseguir derrotar o Messias, por outro lado não vai conseguir colocar o candidato dele. Uma certeza nós temos: não será o Rodrigo Pacheco [o próximo ministro do STF]".

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

Deputado petista que brigou na rua recebe enxurrada de denúncias e fica bem perto da cassação

Quarta, 26 de novembro de 2025




As acusações serão analisadas em processo unificado, conforme determinação do presidente do Conselho, Delegado Jacovós (PL). O procedimento pode resultar em diferentes tipos de sanções ao parlamentar, dependendo da conclusão do caso.

O artigo 5º do Código de Ética da Alep estabelece comportamentos considerados incompatíveis com a conduta parlamentar, como provocar tumultos durante debates, cometer agressões físicas nas dependências da Assembleia e utilizar o mandato para pressionar terceiros.

Um dos episódios que motivou as denúncias aconteceu em 19 de novembro, quando Freitas se envolveu em uma altercação física com um manobrista. Durante o incidente, o deputado sofreu uma fratura no nariz. O parlamentar afirmou que o confronto teria ocorrido por motivações ideológicas.


O manobrista Wesley Silva contestou a versão apresentada pelo deputado. Segundo ele, não conhecia a identidade do parlamentar no momento da ocorrência, o que descaracterizaria a motivação política sugerida por Freitas.

As representações foram protocoladas por vereadores de Curitiba - Bruno Secco (PMB), Eder Borges (PL), Guilherme Kilter (Novo) e Tathiana Guzella (União) - e por deputados estaduais - Fábio de Oliveira (Podemos), Ricardo Arruda (PL) e Tito Barichello (PL). Willian Pedroso da Rocha, coordenador do Movimento Brasil Livre no Paraná, também apresentou queixa.

O processo disciplinar seguirá um rito específico. Após a designação do relator, Freitas terá dez dias para apresentar sua defesa. O relator disporá de três dias para elaborar parecer, que poderá recomendar desde o arquivamento até medidas como suspensão ou cassação do mandato.

O procedimento completo, que inclui coleta de depoimentos e possíveis perícias técnicas, tem previsão de duração de até 90 dias úteis, conforme as normas da Assembleia Legislativa do Paraná.

Vaza o que foi dito por Bolsonaro a Michelle na superintendência da PF

Quarta, 26 de novembro de 2025

A revelação do que ele disse para Michelle Bolsonaro no último domingo (23) é algo até espantoso.

Mesmo visivelmente abalado com a prisão, Bolsonaro pediu a união da bancada do PL para definirem os próximos passos do partido. Além disso pregou a coordenação de estratégias e destacou que os aliados precisam ter um único canal de comunicação.

Michelle tratou de seguir a orientação do marido e nesta segunda-feira (24) participou de uma reunião de emergência do PL para desenhar estratégias para o futuro da sigla após a prisão do ex-presidente.

O encontro durou cerca de cinco horas. E uma coisa ficou decidida: a legenda retomará a pressão para que o presidente da Câmara, Hugo Motta, paute o PL da Anistia.

Fonte: Jornal da Cidade Online

Rompimento de Motta com Lindbergh significa romper com Gleisi, o braço esquerdo de Lula

Quarta, 26 de novembro de 2025


Hugo Motta deixou de viajar para o exterior e estranhamente acabou declarando rompimento com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (cabe aprofundar: romper com Lindbergh é romper com Gleisi Hoffmann que é o braço esquerdo do Lula).

A prisão de Bolsonaro acabou antecipando a votação da pauta da Anistia, que se dependesse do Congresso poderia ser empurrada para o ano eleitoral, depois do recesso, porque seria usada amplamente como bandeira política para angariar votos de quem é contra e a favor (Mais fácil tratar de pautas ideológicas do que se posicionar sobre fraudes aos aposentados, rombos nas estatais, inflação, crise, contas públicas, etc).

Assim como a fome, a sede e a violência viram promessas de campanhas, a Anistia também seria, mas Moraes, apressou a resolução, por motivos ainda dúbios, já que ficou evidente que o pedido da prisão já estaria pronto antes do episódio da tornozeleira.

Quarta-feira, Brasília será o palco da decisão mais importante das últimas décadas, além das vidas envolvidas, teremos a real noção de quantos progressistas, conservadores e legalistas temos no Congresso Nacional.

Foto de Raquel Brugnera

Raquel Brugnera

Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.


Fonte: Jornal da Cidade Online

AO VIVO: Senado vai soltar Bolsonaro? / A hora da anistia chegou (veja o vídeo)

Quarta, 26 de novembro de 2025


Mas o jogo não acabou! O senador Carlos Viana colhe assinaturas para um projeto de anistia no Senado que pode blindar Bolsonaro e todos os envolvidos no 8 de janeiro, alegando “interpretações penais distorcidas”.

Enquanto isso, Jorge Messias, o homem de confiança de Lula, enfrenta fogo cerrado no Senado para virar ministro do STF. Oposição grita “não” e Davi Alcolumbre quer impor Rodrigo Pacheco na vaga, cobrando a fatura dos favores prestados ao Planalto.

Para comentar os assuntos, o Jornal do JCO recebe a advogada Carol Sponza, o deputado federal Jose Medeiros e o jornalista Diogo Forjaz. Assista, compartilhe, apoie o trabalho do Jornal da Cidade Online!

Veja o vídeo:

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

Contato : (84) 9 9151-0643

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