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terça-feira, 25 de novembro de 2025

Senado arma “impeachment simbólico” e enterra indicação de Messias até 2026

Terça, 25 de novembro de 2025

Foto: Emanuelle Sena/AscomAGU

A situação de Jorge Messias, indicado por Lula para o STF, azedou de vez no Senado. Nos bastidores, líderes da Casa articulam um “impeachment simbólico” para barrar o advogado-geral da União antes mesmo da sabatina — um recado direto ao Planalto de que a indicação caiu mal entre os senadores. A manobra faz alusão aos inúmeros pedidos de impeachment de ministros do STF que dormem nas gavetas do Senado, mas, desta vez, o alvo seria um nome que sequer chegou à Corte.

A estratégia é simples e dura: empurrar a sabatina para 2026, quando os articuladores acreditam que haverá maioria consolidada contra Messias, segundo informações da CNN. O recado é político e claro: o Senado quer mostrar que não aceita “imposição” do Executivo, especialmente num momento em que a relação com o governo Lula está longe de ser tranquila.

Senadores admitem que a indicação desandou após o favoritismo interno ao nome do ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, queridinho dos colegas e bem-visto pelo próprio Supremo. E, embora a Constituição garanta ao presidente a prerrogativa de indicar ministros, também deixa claro que o Senado tem poder real no processo — inclusive para travar o jogo.

A conta contra Messias já começou: o último pedido de impeachment de ministro do STF juntou 41 assinaturas, número que deve se repetir numa eventual votação sobre sua indicação. Davi Alcolumbre, presidente do Senado, reforçou nesta segunda (24) que a sabatina só acontecerá no “momento oportuno” — que, pelo jeito, pode ser nunca. Enquanto isso, Lula acumula mais uma dor de cabeça no Congresso.

Menino de 11 anos se desentende com outras crianças em brincadeira de rua, pega arma do avô e atira em 3

Terça, 25 de novembro de 2025


A Polícia Militar e a direção do Hospital Municipal Elda Ribeiro Fonseca informaram que o episódio aconteceu no fim da tarde. Após a discussão com o garoto de 10 anos, o menino foi até a casa do avô, pegou uma cartucheira artesanal e retornou ao local.

O disparo atingiu três crianças. O tiro acertou o rosto do menino de 10 anos, identificado pelas iniciais V.G.M.S., com quem havia se desentendido. A irmã dele, de 6 anos, foi atingida na parte superior do crânio.

A menina recebeu atendimento no Hospital Municipal e teve alta após evolução positiva em seu quadro clínico. O irmão, que apresentou quadro mais grave, precisou de atendimento emergencial para estabilização.

A Prefeitura de Humberto de Campos informou que a situação do menino de 10 anos é crítica, pois os disparos foram efetuados à curta distância. Após os primeiros socorros, ele foi transferido para o Hospital Regional de Barreirinhas, onde permanece internado em estado grave.

O garoto deverá passar por procedimentos cirúrgicos nos próximos dias. José Lucas, de 14 anos, foi o terceiro menor atingido durante o incidente. Ele sofreu ferimentos superficiais e já recebeu alta médica.

"A Prefeitura de Humberto de Campos reforça seu compromisso com a assistência integral às vítimas, garantindo todo o suporte necessário no âmbito da saúde, e permanece acompanhando a evolução dos casos", declarou a administração municipal em comunicado oficial.

A gestão municipal afirmou que todas as vítimas receberam atendimento imediato e que continua monitorando a evolução clínica de cada uma delas. O avô do menino que efetuou o disparo foi autuado pela Polícia Militar por porte ilegal de arma de fabricação caseira.

A Polícia Civil deverá ouvir familiares e testemunhas para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. A investigação buscará determinar como a criança teve acesso à arma artesanal e se houve intenção de ferir as vítimas.

Fonte: Jornal da Cidade Online

O motivo por trás da estranha saída do assassino de Marielle da Penitenciária de Tremembé

Terça, 25 de novembro de 2025



A alegação é de risco de envenenamento na unidade prisional paulista. O ex-policial militar firmou acordo de delação premiada em março de 2024, apontando os supostos mandantes do crime que também vitimou o motorista Anderson Gomes.

O advogado Saulo Carvalho argumentou nos pedidos de transferência que seu cliente estava em condições equivalentes a uma "solitária", sem acesso a atividades educacionais ou profissionalizantes. Lessa começou a apresentar sintomas de mal-estar após as refeições do presídio, o que levantou suspeitas sobre a qualidade da alimentação.

No acordo de colaboração, a defesa havia solicitado que Lessa permanecesse em Tremembé, mas na Penitenciária 2, conhecida como o "presídio dos famosos", onde ficam detentos de casos de grande repercussão. Ele acabou alocado na Penitenciária 1, destinada a presos comuns e integrantes de facções criminosas, situação que gerou preocupação por sua condição de ex-policial.

Em 6 de fevereiro deste ano, representantes da Procuradoria-Geral da República e agentes da Polícia Federal inspecionaram Lessa em Tremembé, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo documentos da defesa, o setor de inteligência da PF elaborou um relatório identificando "irregularidades na Penitenciária 1 de Tremembé" e recomendou sua transferência para uma unidade compatível com os termos do acordo.

A defesa afirma que essa visita oficial "não foi bem vista pela administração" do presídio. No recurso ao STF, o advogado menciona que chegou ao conhecimento de Lessa um "rumor" sobre possíveis retaliações. Foi após essa fiscalização que o detento começou a sentir mal-estar ao consumir a alimentação da unidade.

Lessa passou a se alimentar apenas com biscoitos e uma pasta proteica, perdendo aproximadamente 10 quilos, conforme informações da defesa. Em petição de 15 de maio de 2024, os advogados informaram que ele havia começado a recusar a alimentação do presídio: "Em decorrência da utilização da substância em suas refeições, o colaborador, de forma pacífica, passou a recusar o recebimento de alimentos, limitando-se a comer somente pão, e solicitou à família que fizesse remessa de alimentação permitida, o que é plenamente possível, conforme compreensão da Regra 114 de Mandela."

A Regra 114 de Mandela, parte das Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Reclusos, estabelece que detentos podem receber alimentos externos, desde que compatíveis com as normas do presídio. Esta regra aplica-se a presos em situação preventiva, o que não é o caso de Lessa, que cumpre pena de 78 anos e nove meses pelo duplo homicídio, sentença definida em outubro de 2024.

Lessa passou a responder a um Processo Administrativo Disciplinar por supostamente promover greve de fome. A defesa contestou essa acusação, afirmando que ele apenas se recusava a consumir os alimentos do presídio por considerá-los "impróprios para consumo", mantendo sua alimentação com itens permitidos pela administração.

Após três tentativas sem sucesso, os advogados apresentaram uma quarta petição em 3 de outubro de 2025, pedindo urgência e reconsideração da decisão anterior. Sugeriram a Penitenciária IV do DF ou outra unidade que garantisse sua segurança como colaborador premiado.

Neste último pedido, a defesa enfatizou o "interesse público do caso" e a necessidade de preservar a "integridade física do interno". Os advogados também informaram que, em 29 de setembro, a Polícia Federal encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes uma notícia-crime protocolada pela defesa, na qual Lessa relatava supostos crimes contra ele na unidade prisional. O conteúdo desse documento está sob sigilo.

O ministro Alexandre de Moraes autorizou a transferência, concretizada no sábado para a Penitenciária IV do Distrito Federal. Esta unidade, recentemente inaugurada, é considerada segura e moderna, segundo argumentos da defesa.


A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo não se manifestou sobre as denúncias até o fechamento desta reportagem. O advogado Saulo Carvalho informou que prestou todas as informações necessárias ao STF.

Em sua delação premiada homologada pelo STF, Lessa apontou como supostos mandantes do assassinato o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão, seu irmão, o ex-deputado federal Chiquinho Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Segundo o colaborador, a motivação estaria relacionada à grilagem de terras na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O julgamento dos acusados ainda não foi marcado pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

Morador de rua mata mulher em tentativa de assalto e juiz manda soltá-lo em menos de 24h

Terça, 25 de novembro de 2025

A decisão, publicada no fim da noite de domingo (23), foi tomada menos de 24 horas após o crime e destacou que, diante do quadro clínico do suspeito, a manutenção da prisão seria considerada “desproporcional e desnecessária”.

Segundo informações divulgadas, o agressor — identificado como Misael Camargo, morador de rua — foi detido pela Políci Militar logo após o ataque e levado ao Hospital de Clínicas, onde permanece internado em estado grave. 


A avaliação judicial, assinada pelo juiz Andre Luiz Ferreira Coelho, sustentou que o suspeito, devido à condição de saúde, “não apresenta risco à ordem pública”. O magistrado determinou ainda que a situação seja reavaliada assim que Camargo deixar a UTI, antes de eventual alta hospitalar.

Conforme registros da Polícia Civil, o agressor tentou roubar um motoboy, mas não teve sucesso. Logo depois, atacou duas mulheres que retornavam de um evento. As vítimas foram atingidas por golpes de faca, gerando pânico entre testemunhas.

Ao perceber o ataque contra as mulheres, outro motoboy tentou intervir, mas acabou ferido pelo suspeito. 

Greici Marquês não resistiu aos ferimentos. A segunda mulher atacada, de 50 anos, levou uma facada na região do tronco, próximo ao ombro, passou por cirurgia e permanece internada.

A Polícia Civil conduz as investigações sob a tipificação de latrocínio, e o caso está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Fonte: Jornal da Cidade Online

Advogado quase passa despercebido em farra do INSS, mas cai em “malha fina” e se complica


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A Abenprev transferiu R$ 3,1 milhões para o advogado, enquanto a Unibap repassou R$ 888 mil. Estas entidades estão no centro das investigações sobre o esquema de descontos não autorizados. A Unibap faturou R$ 183 milhões com descontos sobre aposentados, e a Abenprev arrecadou R$ 80 milhões.

Galvão recebeu procuração dessas associações para negociar acordos com o INSS. Os acordos permitiam que as entidades realizassem descontos de mensalidades diretamente nos contracheques dos filiados.

O advogado é proprietário da consultoria Crédito e Mercado, que presta serviços a institutos de Previdência em todo o Brasil. A empresa atendeu municípios que direcionaram recursos de fundos previdenciários para o Banco Master, instituição investigada pela PF por suspeitas de fraude bilionária.

A Crédito e Mercado também organizou uma palestra ministrada por Eric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis, que está sob investigação no mesmo esquema.

Descendente de família com tradição política em Pernambuco, Galvão administrou a cidade de Belo Jardim nos anos 1990. Ele concorreu à Assembleia Legislativa em 2014, ficando como suplente. Atualmente filiado ao Solidariedade, mantém presença em Brasília e participou de reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin em 2023.

As associações envolvidas são oficialmente presididas por aposentadas, mas o comando efetivo e os lucros são controlados por dois empresários ligados a créditos consignados e corretoras de seguros. Zacarias Canuto e Gutemberg Tito obtiveram juntos mais de R$ 11 milhões através dessas associações, segundo relatórios do Coaf. Tito realizou diversos saques de R$ 50 mil em espécie, mesmo após o início da operação policial.

A Controladoria-Geral da União identificou irregularidades nas associações, como filiações baseadas em documentos vencidos e inclusão de milhares de pessoas falecidas nas listas de associados enviadas ao INSS. As entidades enfrentam processos judiciais.

Galvão também é proprietário de uma empresa que comercializa empréstimos consignados representando grandes bancos.

Em resposta às acusações, Galvão afirmou ter sido "contratado para prestar assessoria jurídica para as associações mencionadas". Segundo ele, "A celebração do ACT (Acordo de Cooperação Técnica) foi o objeto principal do escopo do serviço lá contratado."

O advogado explicou que "O contrato para prestação desses serviços foi formalizado diretamente com as entidades Unibap e Abenprev, tendo os contratos sido assinados pelos seus representantes legais e estatutários à época". Sobre sua empresa, declarou que "foi palestrante em um evento promovido pela Crédito e Mercado para falar do tema Compensação Previdenciária".

Quanto ao seu relacionamento com a Diretoria de Benefícios do INSS, Galvão afirmou que "deu-se sempre pelos canais institucionais, no intuito de cumprir aquilo que meu mandato com as contratantes previa, independentemente de quem estivesse à sua frente, com intensidade quase que total até a publicação dos referidos ACTs."

Sobre sua empresa, Galvão explicou que ela "não recomenda investimentos a seus clientes" e que "Seu papel, por questões regulatórias obrigatórias, limita-se ao parecer técnico sobre a aderência de um produto ou instituição financeira à legislação e à política de investimentos de seus clientes. A decisão sobre tais investimentos cabe única e exclusivamente aos órgãos deliberativos de cada RPPS [Regime Próprio de Previdência Social]."

Quanto à reunião com Alckmin, o advogado esclareceu: "Quanto à reunião com dr. Geraldo Alckmin, na qualidade de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, não estive lá representando interesses de qualquer empresa. A reunião, em companhia de outros profissionais especializados em economia verde, apenas buscou contribuir com o enriquecimento do debate sobre o assunto junto ao ministério, mais especificamente sobre estoque e crédito de carbono, que se chamou à época de petróleo verde".

Fonte: Jornal da Cidade Online

Contato : (84) 9 9151-0643

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