O cantor paraibano Jaílson Pereira da Silva Melo, de 27 anos, perdeu a vida poucas horas antes do próprio casamento, em um acidente de trânsito ocorrido na BR-104, entre Campina Grande e Queimadas, no agreste paraibano.
Ele se deslocava para buscar os salgados que seriam servidos na celebração quando a colisão aconteceu.
Jaílson estava acompanhado do pai, José Valdir de Melo, de 58 anos, que também morreu no local. Populares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas, conforme relatado, as equipes médicas encontraram ambos já sem vida.
Testemunhas afirmaram que um carro em alta velocidade atingiu a motocicleta em que pai e filho estavam e que o motorista teria fugido sem prestar socorro.
O impacto do acidente afetou diretamente o tráfego na região. O trecho que conecta as BRs 104 e 230 ficou parcialmente interditado, gerando filas e lentidão ao longo da via. A Polícia Civil assumirá as investigações, buscando identificar o responsável pela colisão e esclarecer as circunstâncias do ocorrido.
Entre os familiares e amigos, o choque foi imediato.
Um dos padrinhos do casamento, José Júnior, contou ter recebido a notícia com incredulidade. Ele relatou:
"Quem me ligou foi o irmão dele, e eu achei muito estranho, porque ele nunca me ligava. Atendi na hora e ele disse: 'aconteceu uma tragédia'. Eu fiquei sem acreditar, logo hoje".
Em seguida, expressou sua dor diante da fatalidade:
“A gente nunca espera que algo assim aconteça. Ainda mais num dia como hoje, que tinha tudo para ser de muita felicidade na vida dele. A gente tem uma banda e ensaiou na terça e na quinta da semana passada, cantou no sábado, estávamos bem próximos. Quem iria pensar que algo assim estava para acontecer?”.
Uma operação do IPEM/RN (Instituto de Pesos e Medidas do RN) pegou no flagra uma oficina clandestina que instalava kits de GNV sem qualquer certificação do Inmetro em Natal. A ação, realizada dentro da Operação GNV Legal, vistoriou seis oficinas e encontrou uma delas atuando totalmente fora da lei — colocando motoristas em risco real de explosões, vazamentos e incêndios.
Segundo o IPEM, o estabelecimento, que não teve o nome ou localização revelados, não tinha autorização obrigatória para instalar ou manter sistemas de GNV. Sem esse certificado, qualquer serviço vira uma bomba-relógio sobre rodas. A oficina será multada e está proibida de funcionar até se regularizar.
A fiscalização marca o início de uma série de ações para frear o avanço de serviços clandestinos, que vêm aumentando no RN. De acordo com o diretor-geral do órgão, Itamar Ciríaco, muitos acidentes com GNV acontecem justamente por causa do descumprimento das normas de segurança — desde cilindros com reteste vencido até instalações por pessoal não qualificado.
O alerta do IPEM é direto: só oficinas credenciadas podem mexer com GNV. Após qualquer instalação ou troca de cilindro, o motorista precisa do Certificado de Segurança Veicular para fazer o licenciamento anual. A ideia da operação é clara — tirar do caminho quem coloca vidas em risco e aumentar a segurança de quem utiliza GNV em todo o estado.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta terça-feira (25) que a Câmara dos Deputados seja oficialmente comunicada da cassação do mandato do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
A medida cumpre a decisão do julgamento da trama golpista de 2022, que condenou o parlamentar a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão.
Com o trânsito em julgado, caberá à Mesa Diretora da Câmara formalizar a perda do mandato e declarar a vacância do cargo.
Ramagem está foragido nos Estados Unidos e teve a prisão preventiva decretada por Moraes após indícios de que deixou o Brasil clandestinamente pela fronteira de Roraima. A Polícia Federal investiga se ele cruzou por Venezuela ou Guiana, usando um carro alugado.
Com a notificação ao Legislativo, avança o processo interno de cassação, enquanto a PF segue as buscas para localizar o deputado.
A atriz Regina Duarte, que ocupou o cargo de Secretária de Cultura no governo de Jair Bolsonaro por três meses, manifestou apoio ao ex-presidente através de publicações indiretas em seu perfil no Instagram após a prisão preventiva dele. A detenção ocorreu na madrugada do último sábado (22).
Em vez de comentar diretamente sobre a prisão, Regina compartilhou um print de uma publicação própria feita em maio deste ano. No conteúdo republicado, a atriz reproduzia uma frase de Olavo de Carvalho (1947-2022), escritor que apoiou Bolsonaro desde o início de sua carreira política:
"Chegará o dia em que a internet se tornará a maior ameaça à ditadura brasileira, e o governo, desesperado, tentará de todas as formas regular e censurar, mas falhará miseravelmente".
Na legenda parcialmente visível do print compartilhado, a artista afirmava:
"Estou pronta para lutar pela minha liberdade de expressão".
Regina também republicou em seu perfil um vídeo da Jovem Pan com Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente. No conteúdo, Renato caracterizava a prisão como "a conclusão de uma injustiça".
O vídeo compartilhado pela atriz apresentava uma sobreposição de texto na imagem de Renato com os dizeres:
"Sou Bolsonaro, sempre fui. Sempre apoiarei o brasileiro puro e honesto que ele sempre foi. E apoiarei quem ele indicar para o futuro!".
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta terça-feira (25), o vereador Ernane Aleixo, de São João de Meriti, durante a Operação Muro de Favores — uma ação voltada ao desmantelamento de uma engrenagem criminosa ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP), segunda maior facção do estado.
Além do parlamentar, outras quatro pessoas também foram detidas ao longo da operação policial.
De acordo com as apurações conduzidas pelos investigadores, Ernane — que figurou como o terceiro vereador mais votado do município no último pleito — teria oferecido suporte estratégico ao grupo criminoso em troca de retorno eleitoral e vantagens financeiras. Registros analisados pela polícia, como mensagens e áudios, apontam que o vereador teria disponibilizado máquinas e estrutura municipal para erguer barricadas em Vilar dos Teles, bloqueios que dificultavam a circulação de policiais e de serviços públicos pelas comunidades da região.
O delegado Vinícius Miranda qualificou a situação como “uma clara troca de favores” entre o político e integrantes da facção. Segundo ele, “Houve o uso de um bem público contra a própria população para erguer barricadas”. Durante a operação, a polícia também encontrou dinheiro em espécie na residência do parlamentar, reforçando as suspeitas de envolvimento direto com as ações do TCP.
A ofensiva policial cumpriu 8 mandados de prisão e 36 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Meriti. A ação, executada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), integra o conjunto de operações do programa Barricada Zero, lançado pelo governo do Rio com o objetivo de remover bloqueios criminosos e retomar áreas dominadas pelo tráfico.
Segundo a Polícia Civil, o TCP mantinha uma rede de articulação com lideranças políticas locais para ampliar seu controle territorial na Baixada Fluminense. Esse esquema alcançava especialmente as comunidades Trio de Ouro, em Meriti, e Guacha e Santa Tereza, em Belford Roxo. A investigação aponta ainda que Ernane teria usado sua influência política para facilitar vagas de emprego em um hospital municipal, negociando cargos em troca de apoio eleitoral.
O grupo investigado seria comandado por Marlon Henrique da Silva, o Pagodeiro, detido no ano passado e apontado como braço direito de Geonário Fernandes Pereira Moreno, o Genaro, liderança máxima do TCP na Baixada. Pagodeiro já admitiu envolvimento em três homicídios — entre eles, o de uma mulher assassinada durante confronto entre facções. Nesta terça-feira, agentes também efetuaram a prisão de Luciana Adelia Theofilo, esposa de Pagodeiro.
Outro preso foi o irmão de um traficante atuante na região, além de integrantes ligados ao setor operacional da organização criminosa, ampliando o número de envolvidos diretamente associados às atividades da facção.
Entre os delitos investigados no âmbito da operação estão tráfico de drogas, homicídios, extorsão a comerciantes, lavagem de dinheiro, porte e uso de armamento restrito, além da instalação de barricadas que impediam ações do Estado.
A Polícia Civil informou que a análise do material apreendido seguirá para o Ministério Público, responsável por definir possíveis desdobramentos judiciais. As equipes continuam mobilizadas em áreas de São João de Meriti e Belford Roxo, com a meta de enfraquecer a estrutura financeira e hierárquica do TCP e permitir que o poder público retome o controle dessas regiões.