HOJE (28/12/2025) QUADRO DE SAÚDE DE JAIR BOLSONARO:
Acompanhava meu pai quando os soluços se iniciaram novamente algumas horas após a cirurgia realizada na tentativa de correção do quadro.
Hoje, infelizmente, seu estado clínico se agravou com a volta da pressão arterial elevada devido a exaustão do quadro de soluço, o que gera preocupação inclusive em relação à segunda intervenção cirúrgica que estava prevista para amanhã.
O quadro de saúde de meu pai nos preocupa cada vez mais. Vivemos um verdadeiro pesadelo e esperamos, com fé, que tudo isso seja ao menos minimizado o quanto antes.
No X, o deputado Maurício Marcon explicou o "rolo" envolvendo o Banco Master em poucas palavras:
"Explicando o rolo do banco Master:
Imagina que um banco chamado Master inventou um monte de 'dinheiro falso', tipo uma pilha de nota de R$ 3.
Ele vendeu esse dinheiro falso para outro banco, o BRB, que é do governo de Brasília, por um valor bem alto: mais de 12 bilhões de reais (esse dinheiro verdadeiro)!
Parte desse montante foi para pagar advogados, inclusive o escritório da esposa de um juiz importante apelidado de cabeça de ovo ou Alecrim Dourado.
A polícia descobriu o BO, o banco Master foi fechado pelo Banco Central e todo mundo ficou preocupado, porque pode ter sido uma forma de passar dinheiro ROUBADO para pessoas poderosas, incluindo grandes políticos.
Agora a polícia está investigando para descobrir a verdade toda e metade da República não tem dormido mais a noite."
A acareação extemporânea determinada pelo ministro Dias Toffoli pode ser o ato preparatório para a cena principal do drama: a anulação da liquidação do Banco Master e a liberação do seu dono, Daniel Vorcaro.
A anulação da liquidação teria consequências imprevisíveis para o mercado financeiro. Milhares de pequenos credores ainda estão aguardando o pagamento de seus investimentos por parte do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Uma vez revertida a liquidação, tudo volta ao que era antes, o FGC não pagará mais nada. Esses pequenos credores (e os grandes também) tentarão se desfazer dos papeis do Master a qualquer preço, levando seus preços a virtualmente zero. Com isso, o Master perderá totalmente sua capacidade de se financiar no mercado. Sua quebra, então, será questão de tempo, com ou sem liquidação por parte do BC. A decisão de um ministro não tem o condão de mudar uma realidade econômica.
Toffoli poderia inovar, e determinar que o FGC pague os pequenos credores mesmo sem a liquidação do banco. Seria o caso inédito do uso do FGC para capitalizar um banco. Absurdo, mas não no País das Maravilhas, onde um juiz faz o papel da Rainha de Copas. Mas isso tampouco resolveria o problema da vida real, onde os bancos precisam continuamente de fontes de financiamento. Ressuscitar um banco por decreto não significa que ele estará realmente vivo no mundo concreto.
Na época do impeachment da Dilma, estava escutando no rádio uma entrevista de um deputado a respeito do processo. Ele explicava que o impeachment é um processo político e usou uma metáfora para entender o processo de produção de provas: enquanto no processo jurídico era necessário abrir o caixão e verificar que o defunto estava realmente morto, no processo político basta sentir o odor da decomposição do cadáver, mesmo com o caixão fechado. O odor de putrefação desse caso Master invade o ambiente institucional brasileiro.
Marcelo Guterman. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.