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domingo, 8 de setembro de 2024

Ato na avenida Paulista começa com multidão, pedidos de anistia a presos do 8 de janeiro e impeachment de Moraes

Domingo, 08 de setembro de 2024

Foto: Miguel SCHINCARIOL/AFP

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) abriu os discursos no ato de aliados do pai, Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista pedindo o fim das prisões de aliados por atos antidemocráticos, a anistia para os presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro, o encerramento dos inquéritos das fake news e das milícias digitais no Supremo Tribunal Federal (STF) e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

No trio do ato organizado pelo pastor Silas Malafaia neste sábado, chamou Moraes de “psicopata” ao mencionar decisões do ministro relacionadas aos presos do 8 de janeiro.

“Um psicopata é capaz de colocar velinhas em uma cadeia por anos por capricho pessoal. Um psicopata é capaz de separar um mãe de seus dois filhos”, disse o deputado, afirmando ainda que Moraes tinha um plano de colocá-lo na cadeia.

O filho de Bolsonaro citou presos do 8 de janeiro, como o empresário baiano Cleriston Pereira da Cunha, que morreu após passar mal na prisão, e Débora Rodrigues dos Santos, denunciada ao STF por ser flagrada escrevendo a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, durante ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro, em Brasília.

Segunda a discursar, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) defendeu o impeachment de Alexandre de Moraes e afirmou que deputados e senadores irão obstruir todos os trabalhos do Congresso até que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), receba o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal.

“Não existe ministro acima da lei e da Constituição. Agora, no Parlamento, mais de 150 deputados já assinaram o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, que será entregue na segunda-feira. Temos 31 senadores confirmados. O que queremos é que Rodrigo Pacheco receba esse pedido e encaminhe para análise, como manda a lei”, declarou Bia Kicis.

A deputada federal Julia Zanatta (PL) falou logo em seguida, chamando o presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (PSD) de covarde.

“Não pode o poder de decisão ficar na mão desse homem [Pacheco], não pode prisões políticas continuarem, não pode abolir o estado democrático de direito usando a constituição e as nossas leis. Por isso, eu vou lutar pelo meu último dia de vida pela anistia dos presos políticos, pela liberdade, porque eu não fui eleita para ser capacho de ministro do STF que não tem voto popular”.

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) fez um discurso inflamado durante o ato bolsonarista na Avenida Paulista neste 7 de setembro, cobrando os parlamentares que não assinaram o pedido de impeachment de Moraes.

“Temos, neste caminhão, verdadeiros guerreiros do Senado. Mas cadê o resto? Até o momento, 31 senadores se posicionaram a favor do impeachment do Alexandre de Moraes. O que está acontecendo com os outros 50 senadores? Onde estão os senadores que juraram defender a nossa Constituição? Onde estão os senadores que se comprometeram a defender nossas liberdades? Vamos cobrar cada um deles, vamos transformar a vida deles em um inferno. Não vamos dar voz a quem se vender para essa ditadura”, disse Gustavo Gayer.

Estadão Conteúdo

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