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quinta-feira, 13 de junho de 2024

‘Mais comum do que se imagina’, diz médica sobre improvisar ‘respiradores’ em hospitais

Quinta, 13 de junho de 2024

Foto: Divulgação

A médica Ellenn Salviano, que usou uma embalagem de bolo como um respirador para salvar a vida de um bebê de três meses no interior do RN, disse que improvisar esses equipamentos é “mais comum do que se imagina” na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ellenn trabalha em três hospitais públicos e no Serviço de Atendimento Médico de Urgência no RN e conta que, em uma semana, fez três “respiradores improvisados”.

“Não é um fato isolado meu, do hospital, eu acho que é de todos os serviços que fazem parte do SUS. Eu já perdi a conta de quantos hoods improvisados eu já fiz nesses 9 anos de medicina. Infelizmente é mais comum do que se imagina”, disse.

Hood é uma espécie de capacete de acrílico usado para aumentar a concentração de oxigênio em torno da cabeça da criança. Segundo a médica, o equipamento custa, em média, R$ 500.

A médica ressalta a parceria e o empenho da equipe para que os pacientes tenham o atendimento necessário. “Eu tenho uma equipe a gente não precisa escolher paciente, não precisa escolher problema. O problema vem e junto com a equipe eu sei que a gente vai dar um jeito, o paciente vai ter o atendimento que precisa”.

“Eu trabalho em serviços particulares, é fácil, eu tenho tudo à mão, mas no SUS não. No SUS eu tenho que sair de casa pensando todos os dias como é que eu vou me reinventar”, diz.

Sindicato dos Médicos: improvisos são frequentes

 

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed), Geraldo Ferreira, disse que a entidade recebe frequentes denúncias de improvisos, principalmente de atendimentos nos hospitais de urgência e emergência e das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).

“Eu digo que os médicos fazem o que podem, mesmo correndo risco de, vamos dizer, serem considerados corresponsáveis se algum problema acontecer com esse paciente. Mas é melhor agir do que deixar sem fazer, porque aí o paciente morre”, disse Geraldo Ferreira.

O presidente do Sinmed citou ainda casos de improvisos no uso de medicamentos e fios inadequados em tratamentos e procedimentos cirúrgicos.

“São antibióticos que seriam aplicados naquele caso, mas que não têm. E são usados antibióticos que não são os mais adequados. Mas que, entre usar e não usar, é melhor usar”, disse.

Fonte: g1 RN

OPINIÃO DOS LEITORES

  1. Esse equipamento médico, custa apenas R$ 500,00, e falta, pelo visto, em quase todos os hospitais do interior???? Isso é um absurdo. É uma irresponsabilidade.

  2. As pessoas de bom coração fazem o que podem para salvar vidas, outros criticam.
    Com improviso ou sem, o importante é salvar vidas.
    Os profissionais da área médica estão de parabéns>
    Fazem muito além do que deveriam fazer.
    São verdadeiras e verdadeiros Oskar Schindler.
    A médica que salvou a criança merece ser louvada. Meus parabéns !!!

    Mateus 5:7-9 “Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.”

    Vamos trazer a memória aquilo que nos dá esperança !!!

    O importante é lembrar das coisas boas.

  3. Não deveria ser tão comum como se pensa. Isto é um descaso do Governo do Estado comandado pela Sra Governadora Fátima Bezerra do PT. Isso é uma vergonha.
    Mas se tratando de PT, tudo pode, tudo deve e fica por isso mesmo, o dito pelo não dito.

    1. Se fosse seu filho, necessitando de um auxilio para o sistema respiratório, a sua opinião talvez fosse diferente. Não se trata de politizar a saúde, nem o governo da Sra. Fátima Bezerra. A saúde brasileira é um caos, pois a maioria das Prefeituras não fazem o dever de casa (atenção básica) e entopem de pacientes os hospitais de grande porte, que eram para cuidar apenas dos casos de alta complexidade.

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