martins em pauta

domingo, 16 de junho de 2024

ARTIGO: Linguagem neutra? Vá à merdes! Por Marcus Aragão

Domingo, 17 de junho de 2024

Imagem: Arte Migalhas/Freepik

Não sei como um país que precisa se desenvolver em todas as áreas possíveis e imagináveis tem tempo para discutir questões tão supérfluas. Quando comparada com temas urgentes como saúde, educação e economia, a linguagem neutra é supérflua, sim.

Quem levanta essa bandeira deveria ter vergonha de tomar o tempo do legislativo ou judiciário com um assunto definitivamente não prioritário. Sei que as minorias tem questões legítimas e necessárias e as apoio totalmente, mas a linguagem neutra não consigo aderir. Às vezes, penso que isso só pode ser uma nuvem de fumaça para desviar o olhar do que realmente importa.

— Ora, vão à merdes!

Da mesma forma, qual a necessidade de debater, agora, o aborto na 22ª semana de gravidez? É crime, não é crime? Quem vem morrendo é nossa esperança do Brasil se recuperar. Cadê o projeto para aumentar a pena do estupro? Se inibissem mais o estupro, resolveria o problema na fonte — não precisaria abortar. Outra coisa, me parece covarde penalizar a vítima, uma menina muitas vezes pobre que sofre tamanho abuso dentro de casa e agora corre o risco de sofrer o abuso pelo Estado. E, hipocrisias à parte, sabemos que os abastados fizeram, fazem e farão abortos com toda estrutura e segurança.

O aborto na 22ª semana de gravidez vir à tona agora e com a urgência aprovada tão rápida pela Câmara Federal, seria a ânsia de colocar os holofotes na pauta de costumes, envolvendo aborto e religião? Quem concorda comigo, permaneça como está. Segue o artigo.

— Pauta de costumes é, muitas vezes, o costume da manipulação.

As eleições estão chegando? Que comecem os jogos! A pauta de costumes é frequentemente utilizada pela esquerda e pela direita para mobilizar as bases. A intenção é ativar emocionalmente os eleitores que se identificam com esses valores, aumentando sua participação na eleição — despertando paixões e o engajamento. Como falei alguns parágrafos acima, desviar o foco também é um objetivo. Tirar a atenção de questões econômicas ou políticas mais complexas ou menos favoráveis, concentrando o debate em temas mais facilmente compreensíveis e emocionalmente carregados.

Muitos políticos adoram pois, quando se levanta uma bandeira de costumes, cada grupo corre para sua trincheira e é só esperar os eleitores fervorosos como quem coloca açúcar e aguarda as formigas.

Não estou dizendo que não se deve debater os valores morais e comportamentais da sociedade. Só alerto para que fiquemos atentos, principalmente em ano eleitoral, para detectarmos as estratégias que visam apenas as vitórias nas urnas e não a construção de uma sociedade mais próspera e evoluída.

Marcus Aragão
@aragao01

OPINIÃO DOS LEITORES

    1. Não entendo o que é todes, como não sei o seu sexo, posso dizer boa tarde todes?

  1. Creio que quem defende “todes” são os mesmos que defendem as descriminação das drogas e a promiscuidade legal. Não critico jamais o aborto legal pq consigo imaginar o sofrimento de uma mulher sendo lembrada todos os dias do estupro, morrendo sua saúde mental a cada dia mas jamais a irresponsabilidade com o próprio corpo. O todes representa essa gente.

  2. Acontece que o STF de maioria socialista, tem tentado legislar e impor essas pautas, já que o governo não tem base. O momento é oportuno e parabéns ao congresso pela agilidade atendendo ao anseio da maioria dos brasileiros.

    1. A direita tenta fazer com estupradores sejam premiados com a paternidade e vcs falando do STF e linguagem neutra. isso é desvio de assunto, Aragão!

    2. Coisa de maluco supor que alguém vai estuprar, se fiando que vai virar uma gravidez e a vítima não vai denunciá-lo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643