Sexta, 24 de maio de 2024
Agora, a parlamentar e o hacker passam à condição de réus no STF e vão responder a processo criminal.
Zambelli e Walter Delgatti foram denunciados em abril pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. De acordo com a PGR, a deputada seria a autora intelectual da invasão e procurou o hacker para executar o crime e emitir um mandato falso de prisão contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Essa versão foi dada pelo hacker.
Os acusados vão responder pelos crimes de falsidade ideológica e invasão a dispositivo informático.
Estranhamente, quem vai julgar o caso será o própria Alexandre de Moraes. O colegiado também reconheceu a competência de Moraes para atuar como relator do caso. Para a turma, a emissão do mandado de prisão falso foi um crime cometido contra o Poder Judiciário, e não contra o ministro, que não está na condição de vítima, fato que o impediria de atuar como julgador do caso.
Durante a sessão, Moraes ironizou a emissão de um mandado falso emitido por ele mesmo.
"Eu chamaria de burrice, achando que isso não fosse ser descoberto", afirmou.
Além de Moraes, votaram pela abertura de ação penal os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.
Em nota, o advogado Daniel Bialski, que defende a deputada federal, declarou que a defesa tem a "absoluta confiança" de que Zambelli não cometeu qualquer ilícito penal e que isso será provado no final do processo.
"A defesa da deputada Carla Zambelli, nada obstante o recebimento da denúncia, novamente irá requerer acesso a todas as mídias para que possa tomar amplo conhecimento desse material e submeter à perícia privada necessária para apresentação da sua defesa escrita", declarou o advogado.
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