Quinta, 23 de maio de 2024
Se trata, claro, de Dias Toffoli.
Mais do que qualquer outra coisa, o ministro age nos últimos anos como advogado de defesa do brother.
E, como ministro do Supremo, aceita as próprias alegações e inocenta quem pode e quem não pode.
A alegação para a decisão é pífia, como sempre: 'ignoraram o devido processo etc e etc,' desqualificando todo o trabalho dos procuradores da Operação.
O palavrório inútil que justifica a decisão pode ser traduzido assim:
'-Anulo porque quero.'
Essa pequena frase poderia ser adotada pelo Supremo para facilitar a vida de todos e evitar o trabalho -esses caras são ocupados- de ficar redigindo justificativas não plausíveis.
Ninguém acredita mesmo.
Marcelo quer ainda que todas as provas que seu acordo revelou sejam 'desaparecidas'.
Quem duvida de que serão?
O alegre propineiro da Odebrechet -que até mudou de nome para Novonor- foi originalmente condenado por Sérgio Moro a 19 anos de cana, dedurou e conseguiu redução para 10, que o STF transformou magicamente em 7, já cumpridos.
Está, portanto, livre como um passarinho pra corruptar novamente, há pouco mais de um ano da posse do brother Lula.
O Brasil é hoje a terra das impossibilidades impossíveis, especialmente para o ramo da justiça, que vive um de seus momentos mais ficcionais da história brazuca.
Entretanto, se você for um cidadão honesto e descrente do lulopetismo e da máquina, não se atreva a respirar mais alto, porque a justiça é dura.
Muito dura.
Marco Angeli Full
https://www.marcoangeli.com.br
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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