Quinta, 14 de dezembro de 2023
Mais um erro grotesco com enormes e desastrosas consequências.
Juliano Martins ficou quatro meses preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, mas ele sequer estava em Brasília no dia 8 de janeiro.
Entretanto a PF enviou o pedido de prisão a Alexandre de Moraes em 7 de junho deste ano, num documento em que afirmava que Juliano seria organizador de caravanas a Brasília, tendo participado das invasões ocorridas em 8 de janeiro.
Em seguida, acima de uma foto da invasão do Congresso no 8 de janeiro compartilhada por Juliano no Instagram, o relatório da PF dizia que “postagens atribuídas a Juliano indicam a participação física nos fatídicos atos”. Por fim, a PF pediu que Moraes ordenasse prisão preventiva, busca e apreensão, quebra de sigilos fiscais e telefônicos, e bloqueio de bens.
A PGR foi contra, mas foi ignorada.
Juliano diz em sua defesa:
“A PF errou. Quero acreditar que foi por causa do grande volume de inquéritos. Foi um erro grotesco. Eu recebi uma foto do 8 de janeiro no WhatsApp e repostei no meu Instagram, como várias pessoas fizeram. Como a PF me acusa de estar em Brasília? Falo sem medo porque posso provar tudo”.
E complementa:
“Em 8 de janeiro eu estava em São Paulo, usei meu cartão de crédito lá normalmente. Eu anexei meus extratos bancários e conversas de WhatsApp no processo. Não recebi ou mandei um Pix para protestos. Fiquei quatro meses preso. Nesse período perdi meu pai, meu irmão e meu cunhado. Emagreci 12 quilos, tenho crises de ansiedade. Me sinto injustiçado”.
O rapaz agora está cumprindo medidas cautelares em sua cidade, São Francisco do Sul (SC).
Está usando tornozeleira eletrônica, e segue com bens e redes sociais bloqueados.
Até o momento, sequer foi denunciado pelo Ministério Público. Não é réu, mas está cheio de restrições em sua vida.
São absurdas injustiças que um dia o estado brasileiro terá que reparar.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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