Terça, 09 de Maio de 2023
O objetivo do ex-sindicalista que ocupa o cargo de presidente no Palácio do Planalto, segundo reportagem publicada há pouco pelo portal de notícias G1, é cobrar que as legendas que receberam cargos de primeiro e segundo escalão nos ministérios e secretarias do poder Executivo, pressionem seus parlamentares a votarem favoravelmente às pautas do governo, como por exemplo PL 2630, também conhecido como PL da Censura, barrado no plenário da Câmara dos Deputados, semana passada.
A ‘missão’ foi passada diretamente ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em reunião ocorrida nesta segunda-feira (8).
"O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos ação na Câmara. A ação que está sendo feita e o cumprimento do calendário de votações até o final do primeiro semestre", disse Padilha na saída do encontro.
E acrescentou:
"Ele [Lula] reforçou que essas reuniões têm que ser coordenadas e lideradas pela Secretaria de Relações Institucionais junto com a Casa Civil, junto com os ministros de cada área. Devemos fazer a primeira já com os ministros do PSB, PSD. Devemos marcar com ministros do MDB na volta do líder do MDB da Câmara, com os ministros do União Brasil. Fazer isso como uma rotina permanente", completou.
Sem maioria no Congresso Nacional, o molusco está desesperado para tentar não apenas aprovar suas pautas, como ainda por barrar algumas investigações em curso contra ele, ministros e aliados, como a CPMI do 8 de janeiro e a CPI do MST.
Por enquanto, Lula ainda conta com o escudo e as decisões arbitrárias tomadas a seu favor, por Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, os presidentes do senado e da Câmara, respectivamente, mas os parlamentares da base conservadores começam a se insurgir e não há mais como insistir em burlar as regras das casas legislativas.
Se Padilha não conseguir ‘convencer’ na pressão, o descondenado poderá colocar em curso uma outra metodologia, com uma ‘moeda bem conhecida… ou seja, sabemos onde vai dar.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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