Domingo, 21 de Maio de 2017
por Guilherme Ferreira

Foto: Beto Barata / PR
Durante o pronunciamento realizado neste sábado (20), o presidente Michel Temer minimizou o conteúdo da gravação da conversa feita entre ele e o empresário Joesley Batista no último dia 7 de março. Ele destacou que o trecho da conversa em que os dois comentam sobre o ex-deputado Eduardo Cunha é inconclusivo quanto ao pagamento de propina e disse que "não acreditou na narrativa" do dono da JBS quando ele falou em comprar juízes federais. "A conexão de uma sentença a outra não é conexão de quem diz 'olhe, estou comprando o silêncio de um ex-deputado e estou dando tanto a ele'. Não, a conexão é com a frase 'me dou muito bem com o ex-deputado, mantenho uma boa relação'. Eu disse: 'Mantenha isso, viu?'", explicou Temer na fala que durou aproximadamente 12 minutos. "Não acreditei na narrativa do empresário de que teria segurado juízes e etecetera. Ele é um conhecido falastrão exagerado. "Aliás, depois, em depoimento, disse que havia inventado essa história", comentou. No primeiro pronunciamento de Temer sobre as acusações de executivos da JBS, a gravação das conversas ainda não havia sido divulgadas. Neste sábado, o presidente também tentou desqualificar os depoimentos prestados na delação premiada. "Há incoerências entre o áudio e o teor do depoimento. Isso compromete a lisura de todo processo desencadeado. O que está no depoimento não está no áudio. E o que está no áudio mostra que meu governo não estava agradando a ele", avaliou o presidente para justificar o pedido de suspensão do inquérito aberto contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF)
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