Quinta, 18 de Maio de 2017
Foto: Reprodução
O ex-executivo da empreiteira Odebrecht Fernando Migliaccio confirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que a companhia utilizou 30 a 40 contas no exterior para o pagamento de propina. A informação foi passada durante os depoimentos de delação premiada de Migliaccio, cujo sigilo foi retirado nesta terça-feira (16) por determinação do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin. Segundo informações da Agência Brasil, o ex-diretor também confirmou, no primeiro dos 15 depoimentos prestados à Procuradoria-Geral da República (PGR), que criou uma cópia do sistema Drousys, que foi criado pela empresa para gerir o pagamento de propina, para fechar as contas e encaminhar os valores à empreiteira. O sistema foi mantido até janeiro do ano passado, quando ele foi preso na Suíça. “Que o depoente utilizou o sistema Riadec até aproximadamente janeiro de 2016, pouco tempo antes da prisão do depoente. Que nessa época o depoente ainda não havia concluído o pagamento de todas as dívidas e o fechamento de todas as contas vinculadas ao Setor de Operações Estruturadas”, afirma o depoimento. Com o acordo fechado por Migliaccio, o ex-executivo pagará multa de R$ 5 milhões aos cofres públicos.
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