Terça, 20 de Dezembro de 2016

Foto: Reprodução / Jornal da Orla
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai investigar o desembargador Ivan Sartori, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), pela conduta no julgamento de recurso sobre o massacre do Carandiru. No julgamento de 74 policiais militares acusados, no dia 27 de setembro, Ivan votou para que os suspeitos fossem inocentados por não haver provas de quem atirou contra os 111 detentos assassinados. "Não houve massacre. Houve sim uma contenção necessária à imposição da ordem e da disciplina", justificou o desembargador. Sartori se envolveu ainda em outra polêmica. Após as notícias sobre o julgamento terem repercussão negativa, o magistrado sugeriu em seu perfil no Facebook que parte da imprensa poderia ser financiada pelo crime organizado. Mais de 60 juristas, jornalistas e organizações não-governamentais (ONGs) enviaram reclamações disciplinares ao CNJ para pedir o afastamento do desembargador e apuração de abusos, quebra de decoro, falta de isonomia e imparcialidade na condução do caso. Segundo o G1, o ministro João Otávio de Noronha, corregedor nacional de Justiça, negou o pedido de afastamento em liminar, mas determinou a abertura de investigações “a fim de se aferir eventual violação dos deveres funcionais” por parte de Sartori. O desembargador tem 15 dias para se manifestar.
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