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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Empresário confirma à PF que lavou dinheiro para esquema liderado por Cabral

Terça, 20 de Dezembro de 2016 

Foto: Divulgação / Brasas English Course
O empresário John O’Donnel admitiu à Polícia Federal que emitiu notas frias em nome da empresa de Luiz Carlos Bezerra, apontado como operador financeiro do esquema de corrupção liderado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ele entregou à PF uma tabela que descreve a emissão de comprovantes que totalizam R$ 1 milhão entre maio de 2011 e fevereiro de 2015. A maior parte das empresas usadas para a emissão são de franquias do curso de inglês Brasas, que à época eram administradas por O'Donnel. Segundo o Ministério Público Federal, Bezerra usou a empresa CSMB Serviços de Informática, de sua propriedade, para lavagem do dinheiro oriundo de propina arrecadada junto a empreiteiras, em contratos para obras da gestão de Cabral. Tanto o peemedebista como Bezerra foram presos durante a Operação Calicute. O'Donnel relatou à PF que foi procurado pelo ex-assessor de Cabral em 2011. Bezerra disse que havia "problemas com o fisco devido à sua movimentação financeira". "[Bezerra] Relatou que não tinha uma comprovação de renda [] e solicitou a ajuda para que emitisse notas fiscais em seu favor de forma a gerar uma movimentação financeira", afirmou o empresário em depoimento. O empresário negou saber da origem ilícita dos recursos. "Achava inclusive que tais valores fossem uma retribuição pelos serviços que Bezerra prestava a Sérgio Cabral". Uma vez emitida a nota fiscal em nome de CSMB, o pagamento era feito por meio de transferência, e o ex-assessor de Sérgio Cabral devolvia o valor em espécie, descontados os tributos. Segundo O’Donnel, seu filho notou irregularidades na emissão das notas após assumir as franquias do curso de inglês, em 2015, oque causou uma uma discussão familiar, levando ao fim da parceria. A solução encontrada foi fazer o faturamento por meio de outra empresa da família, a Stricker Bar Serviços de Entretenimento, que funciona nos boliches do Barra Shopping e Norte Shopping. Nesta empresa, a operação foi interrompida no ano passado. Uma funcionária responsável pela administração financeira da Stricker chegou a questionar Bezerra sobre o serviço que estava sendo prestado para a emissão da nota. O assessor de Cabral encaminhou em seguida um e-mail para que O'Donnel resolvesse o problema. "Essa moça não foi informada da situação???? Aposto minhas fichas que não... Toma 'Ômega 3', maluco".

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