Aos poucos a
imprensa mossoroense que dá suporte ao esquema político afastado da
Prefeitura Municipal, descobre que existe uma crise na municipalidade.
Ainda bem.
Apenas não tem o cuidado de revelar a
seus leitores, ouvintes etc., que o caso não é novo ou circunscrito à
gestão do prefeito provisório Francisco José Júnior (PSD). A bomba está
armada desde a administração Fafá Rosado (DEM, hoje no PMDB).
Foi jogada debaixo do “tapete” pela sucessora Cláudia Regina (DEM) e não tem como ser escondida por “Silveira”, o novo prefeito.
Desde o início deste ano que o Blog bate
na mesma tecla, apontando dificuldades, revelando distorções, clamando
por providências e antecipando que o “rombo” deixado como herança seria
superior a R$ 75 milhões.
Há meses que Prefeitura de Mossoró
atrasa prestadores de serviços, fornecedores, além de repasse para
financeiras por empréstimos consignados e cartão de crédito, mesmo
recolhendo dos servidores. Pasep também tem problemas de transferência
de recursos.
A Previ-Mossoró (Previdência própria)
saiu do Governo Fafá com débito de alguns milhões que não foram
repassados a essa autarquia. Cláudia renegociou conta, mas também passou
a atrasar compromisso.
Houve arrocho em ganho de servidores e
terceirizadas estavam pagando empregados sempre com atraso. Faltam
remédios e médicos em unidades de saúde. A Unidade de Pronto-Atendimento
(UPA) do bairro Belo Horizonte foi inaugurada e nunca funcionou, bem
antes de mudanças de governo.
Festim
Lamentavelmente, essa mesma imprensa não
estava vendo essas e outras dificuldades. Preferia divulgar o “Viva a
Rio Branco”, “Mossoró Cidade Junina” e outros eventos festivos que
funcionam como cortina de fumaça e anestésico coletivo.
Há uma crise, mas não é uma crise por
suposta “instabilidade administrativa” devido o afastamento de prefeita e
vice (Cláudia Regina e Wellington Filho-PMDB). Não há um problema novo,
mas a necessidade de saneamento de velhos problemas que comprometem
até pagamento de folha de pessoal em dia.
É imprescindível se informar, que o
pedido de exoneração em massa de auxiliares de governo, provavelmente
para causar essa instabilidade, seria um mal muito maior. Entretanto o
novo prefeito conseguiu agir com agilidade, freando seus principais
efeitos.
O próximo prefeito (a) se não receber
uma prefeitura pelo menos equilibrada, pegará e pagará as consequências
de anos e anos de desatinos que a imprensa aparelhada não conseguia ver.
Sem ousar na promoção de um “choque de
gestão” ou ampla reforma na máquina pública, Cláudia Regina patinhou no
exercício de arrumados e compadrios, para não bater de frente com seus
padrinhos. Repetiu erros e abusou da mesma fórmula que tinha empurrado a
prefeitura pro buraco.
Em poucos dias e meses, o novo prefeito
não tem a menor condição de reverter esse quadro. Porém tem a chance de
não pagar pelos mesmos pecados.
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