martins em pauta

sábado, 2 de julho de 2011

Número de mamógrafos diminui no RN Enquanto casos de câncer de mama avançam, vários aparelhos usados para diagnosticar a doença estão sem funcionar


Estado tem 13 equipamentos a menos que em 2009 e cinco deles sem funcionar

Os casos de câncer de mama não param de crescer no Rio Grande do Norte, mas a quantidade de mamógrafos, aparelhos que servem para fazer o exame da mama, diminuiu em dois anos. Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou um relatório e o Rio Grande do Norte aparece com 17 mamógrafos, distribuídos nas redes pública (estadual e federal), privada e em unidades municipalizadas de saúde. São 13 aparelhos a menos do que em 2009, de acorco com o mesmo levantamento. Não bastasse a diminuição dos aparelhos existentes no Estado hoje, cinco estão sem funcionar, apesar de surgirem em média 72 novos casos da doença por mês.


O mamógrafo é um aparelho que serve para fazer a radiografia da mama, detectando nódulos ou calcificações. A partir desse exame, o médico toma medidas para fazer o tratamento do câncer de mama. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), que normatiza as diretrizes no tratamento em todo o país, determina que é necessário um mamógrafo para cada 240 mil habitantes. Ou seja, os 17 existentes no RN seriam suficientes - caso estivessem todos em funcionamento - para atender 4 milhões de pessoas, superior ao número de habitantes do Estado, que, segundo o Censo 2010 do IBGE, tem 3 milhões e 168 mil.

Secretário

Dos cinco mamógrafos que estão sem funcionar, três estão instalados no Centro de Saúde Reprodutiva, no Alecrim (Natal); os outros dois estão nos hospitais regionais de Assu e Santo Antônio, no interior do estado. "Já providenciamos a compra do revelador para os mamógrafos do Centro de Saúde Reprodutiva e para o de Assu. Os aparelhos começarão a funcionar ainda no mês de julho. Com relação ao de Santo Antônio, já treinamos as equipes para operá-lo, mas a sala onde o mamógrafo será instalado está passando por reformas", explicou o secretário estadual de saúde, Domício Arruda.

De acordo com o secretário, esses mamógrafos pertencem ao Governo do Estado. Ele explicou que os aparelhos estão paralisados porque não têm revelador, espécie de impressora que trazo resultado dos exames. "Quando o Ministério da Saúde enviou esses mamógrafos, há três anos, não mandou o revelador", relata.

Na capital, outros mamógrafos disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão instalados no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) e na Liga Norte-rio-grandense contra o Câncer, que tem o único serviço de mastologia do estado, específico para estudar as glândulas mamárias. Das mulheres acometidas com câncer no Rio Grande do Norte, 51% têm câncer de mama. Até maio deste ano, apenas na Liga, foram diagnosticados 360 novos casos entre as potiguares.

Números

Mamógrafos Disponíveis no RN | 17 Sem estarem sendo usados | 5

Fonte: Ministério da Saúde

Casos no RN

Entre 2000 e 2004 | 1.031 casos (destes, 6 em homens) 2004 | 254

Entre 2005 e 2010 | dados não foram consolidados pela Sesap 2011 | 540 (projeção)

Liga Norte-rio-grandense contra o Câncer

Casos confirmados em 2011 | 360

Casos confirmados em 2010 | 480

Média de crescimento anual | 15%

Câncer de mama

Sintomas

Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.

Fatores de Risco

História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. A idade constitui um outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o câncer de mama.

Detecção Precoce

As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia.

Auto-exame e mamografia

O auto-exame na mama deve ser feito de 3 a 4 dias após o fluxo menstrual e tem bons resultados quando feitos durante o banho, quando a pele está mais lisa.

O Ministério da Saúde recomenda que o exame clínico de mama - a mamografia - tem que ser feito todos os anos em mulheres ainda na idade adolescente, quando começarem a realizar exames preventivos

Fonte: INCA editado por Martins em Pauta

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