Sexta, 12 de dezembro de 2025
A informação foi revelada pelo jornal O Globo e detalha obrigações de ampla representatividade institucional.
Assinado em 16 de janeiro de 2024, o acordo previa pagamento mensal de R$ 3,6 milhões durante três anos. Caso fosse mantido até o início de 2027, período em que Moraes assumirá a presidência do STF, o montante total poderia atingir R$ 129 milhões.
Os repasses, contudo, foram interrompidos após a liquidação do Banco Master. Se as transferências foram mantidas até outubro de 2025, mês anterior à intervenção do Banco Central, o faturamento do escritório teria alcançado cerca de R$ 79 milhões.
A banca jurídica tem entre seus sócios os dois filhos do ministro.
O documento formal apresentava a obrigação de estruturar e administrar cinco núcleos de atuação estratégica, tanto consultiva quanto contenciosa, abrangendo Judiciário, Ministério Público, Polícia Judiciária e diversos órgãos do Executivo, como Banco Central, Receita Federal, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O contrato também mencionava o acompanhamento permanente de proposições legislativas no Congresso Nacional.
Órgãos como Banco Central, Receita Federal, PGFN e Cade não informaram se receberam solicitações oficiais do escritório em nome do Master. Apurações citadas pela imprensa indicam que Viviane Barci de Moraes não participou das reuniões no Cade referentes à compra do Banco Master pelo Banco de Brasília, operação aprovada antes da liquidação. Nessa etapa, o banco foi representado pelo escritório Pinheiro Neto.
A existência do contrato veio à tona durante a Operação Compliance Zero, que levou à prisão de Daniel Vorcaro e de outros seis executivos.
Fonte: Jornal da Cidade Online

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