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quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Marinha toma atitude vergonhosa e provoca forte reação dentro da indústria nacional

Quarta, 24 de dezembro de 2025




A crítica foi feita após a divulgação do negócio, que envolveu a importação do modelo Colt M4 Carbine R0979BN, calibre 5,56 mm. Segundo a empresa brasileira, há produção nacional de armamento da mesma classe, o que tornaria desnecessária a aquisição no exterior.

O presidente da Taurus, Salesio Nuhs, afirmou que a companhia fabrica no Brasil, desde 2017, o fuzil T4, com tecnologia própria e já adotado por forças de segurança nacionais e estrangeiras. Para a empresa, a opção por um fornecedor estrangeiro gera impacto negativo à indústria nacional e reduz a competitividade do setor de defesa brasileiro.

Nuhs também ressaltou que a decisão ocorre em um momento em que os Estados Unidos impõem tarifas elevadas sobre produtos brasileiros exportados por empresas do setor, o que, na avaliação da Taurus, torna a compra ainda mais incoerente do ponto de vista econômico e estratégico.

A Marinha justificou a dispensa de licitação com base na Lei nº 14.133/2021, a Lei de Licitações, que permite a contratação direta na aquisição de materiais para as Forças Armadas quando há necessidade de manter padronização logística dos meios navais, aéreos e terrestres.

A Taurus, por sua vez, argumenta que esse tipo de decisão enfraquece a Base Industrial de Defesa Brasileira, considerada estratégica para a soberania nacional, a geração de empregos qualificados e o desenvolvimento tecnológico do país.

Nota oficial da Taurus:

“Em relação à matéria publicada sobre a aquisição de fuzis pelo Governo Brasileiro – Marinha do Brasil – junto a fornecedor norte-americano, a Taurus esclarece que existe produção nacional de armamento da mesma classe no país.
A Taurus fabrica no Brasil, desde 2017, o Fuzil T4 Taurus, com tecnologia própria, adotada por diversas forças nacionais e já exportada para vários países. Nesse período, aproximadamente 100 mil unidades do modelo foram produzidas no parque industrial da empresa em São Leopoldo (RS), reforçando a capacidade tecnológica e industrial brasileira no segmento de defesa.
A empresa entende como incoerente e prejudicial à indústria nacional que, no atual cenário em que os Estados Unidos impõem tarifas de aproximadamente 50% sobre produtos brasileiros exportados por empresas do setor, o Brasil opte pela importação de armamentos norte-americanos.
Tal prática representa perda de competitividade para a Base Industrial de Defesa Brasileira, setor estratégico para a soberania nacional, geração de empregos qualificados e desenvolvimento tecnológico contínuo.


Fonte: Jornal da Cidade Online 

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