Quinta, 25 de dezembro de 2025
Enquanto o Brasil segue inérte e sem reação aos abusos de ministros de tribunais superiores, o Senado chileno resolveu agir e aprovou uma acusação constitucional contra Diego Simpertigue, então ministro da Suprema Corte, sob a justificativa de grave negligência no exercício do cargo.
Na prática, a decisão resultou na perda imediata da função. Trata-se do terceiro magistrado da mais alta instância judicial do Chile afastado em um intervalo de apenas 14 meses.
A acusação contra Simpertigue teve como pano de fundo sua suposta proximidade inadequada com advogados ligados ao consórcio Belaz Movitec, grupo de origem chileno-bielorrussa envolvido em disputas judiciais bilionárias com a estatal de mineração Codelco. O episódio ficou conhecido nacionalmente como “Complô Bielorrusso” e ganhou grande repercussão na imprensa local.
Segundo veículos de comunicação chilenos, o magistrado votou em duas ocasiões a favor do consórcio durante o litígio com a Codelco, entre 2023 e 2024. As decisões da Suprema Corte obrigaram a estatal a pagar mais de 17 bilhões de dólares (R$ 93 bilhões) ao Belaz Movitec, valor considerado expressivo até mesmo para os padrões da indústria de mineração.
O caso ganhou contornos ainda mais delicados quando veio a público que, apenas dois dias após a conclusão dos pagamentos pela Codelco, Simpertigue realizou um cruzeiro de dez dias pela Europa na companhia de Eduardo Lagos, um dos advogados do consórcio, atualmente preso.
A esposa do então ministro da Corte também participou da viagem, o que reforçou as suspeitas sobre a relação entre o juiz e representantes da empresa beneficiada.
Qualquer semelhança com o Brasil é apenas uma mera coincidência... Ou não?

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