Terça, 24 de junho de 2025
Segundo integrantes do governo Lula, essa decisão poderá depender diretamente do desfecho do julgamento da suposta tentativa de golpe de Estado, no qual Jair Bolsonaro é réu. A expectativa é que a Primeira Turma do STF analise o caso por volta de setembro, e a possível condenação do ex-presidente serviria de gatilho para que Trump incluísse Moraes entre os alvos da legislação norte-americana.
Esse entendimento ganhou força após declarações do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que mencionou a existência de uma “grande possibilidade” de sanções contra o ministro. Uma fonte jurídica do governo, em condição de anonimato, afirmou que “como os Estados Unidos estão agora envolvidos na crise entre Israel e Irã, estamos aguardando, deixando a poeira baixar”.
O cenário, no entanto, é complexo. No dia 17 de junho, um tribunal da Flórida emitiu uma citação judicial contra Moraes, no contexto de uma ação movida pelas empresas Rumble e Trump Media. Ambas acusam o ministro de promover censura, ao ordenar a remoção de vídeos de figuras da direita brasileira. Moraes terá agora 21 dias para apresentar sua resposta formal à corte americana.
Internamente, o Executivo monitora com atenção os possíveis desdobramentos da aplicação da Lei Magnitsky, sobretudo pelos impactos que uma sanção norte-americana de grande alcance poderia causar. Como parte do sistema financeiro brasileiro opera em dólar, bancos e instituições sujeitos à legislação dos EUA também poderiam ser afetados por eventuais medidas restritivas.
Entre as possíveis consequências diretas para o ministro, estão o bloqueio de cartões de crédito, a suspensão de aplicativos em seus dispositivos, restrições de viagem aos Estados Unidos e até prejuízos a empresas ligadas a seus familiares.
Fonte: Jornal da Cidade Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário