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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Geraldo Alckmin está chegando lá

 Terça, 01 de Novembro de 2022




O ex-governador de São Paulo estava morto politicamente depois de ser tratorado por João Doria. Governador por três mandatos, homem de direita, ligado aos movimentos mais conservadores da Igreja Católica, Alckmin teve a sua grande chance como vice de Mario Covas. Ele sabe ser vice e sabe esperar. Ao sair do PSDB, ele se livrou de um Titanic que afundou. Foi para o PSB e virou vice de Lula, a quem sempre fez as críticas mais ferozes. Ser vice do Luiz Inácio foi um grande negócio.

O presidente eleito teve uma vitória apertada, desidratou para metade do país e, no seu costado, carrega um passivo que só foi “descondenado” por conta do ministro Edson Fachin.

Se nos primeiros passos do seu mandato Lula cometer os mesmos erros de Dilma Rousseff, tem um vice pronto para colocar a faixa presidencial no peito.

Basta buscar alguns dos casos concretos levantados pela Lava Jato ou seguir os passos das delações dos antigos companheiros.

Nesta equação, conta também o novo Congresso bem mais à direita. Imaginem se, hipoteticamente, com Lula já na Presidência, surgir um comprovante de alguma conta no exterior, como apontou Palocci. Os dois grandes algozes de Lula, o futuro senador Sérgio Moro e o futuro deputado federal Deltan Dallagnol, estarão no seu pé.

Geraldo Alckmin e a sua esposa Lú, que foi uma grande primeira-dama de São Paulo (faz um contraste enorme com a postura de militante de Janja) são os grandes vitoriosos destas eleições.

Tiveram até a sorte de terem sido escondidos na reta final pelo PT. Não estão contaminados e guardaram uma salutar distância.

Texto de Cláudio Magnavita. Publicado originalmente no Correio da Manhã (Coluna do Magnavita)

Fonte: Jornal da Cidade Online

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