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domingo, 18 de fevereiro de 2018

“Traição ao eleitorado”, diz sindicalista sobre possível renúncia de Carlos Eduardo

Domingo, 18 de Fevereiro de 2018




A probabilidade cada vez mais alta do prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) oficializar uma candidatura ao Governo do Estado não está sendo muito bem digerida por algumas lideranças sindicais do Rio Grande do Norte, sobretudo pelo fato do chefe do Executivo municipal ter prometido, ao longo de sua campanha eleitoral em 2016, que não iria deixar o cargo – caso reeleito, como foi – para angariar o lugar máximo da política norte-rio-grandense.

Para José Teixeira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte-RN), por mais que a legislação não impeça o atual prefeito de se candidatar ao cargo máximo potiguar, o eleitorado de Natal pode considerar uma traição caso ele abra mão da Prefeitura para tentar o lugar atualmente ocupado por Robinson Faria (PSD). “O prefeito se elegeu para 4 anos de mandato, prometeu que iria cumprir e agora se utiliza de oportunismo almejando algo melhor. Pode se considerar traição, sim, sobretudo para quem votou nele”, analisou.

Na última quinta-feira, 15, antes de fazer a tradicional leitura da mensagem anual na Câmara, Carlos Eduardo disse à imprensa que tem recebido muitos incentivos para tentar o Governo, mas admitiu que, neste momento, ainda não pode se considerar pré-candidato. Na visão de Simone Dutra, vice-coordenadora do Sindicato dos Servidores em Saúde do RN (Sindsaúde), o fato do prefeito fazer parte de uma “oligarquia” no estado o credencia ao posto, sobretudo por quê está, corriqueiramente, almejando novos patamares no mundo político.

“Ele é Alves, família que manda no estado há anos. Todo mundo sabe que ele segue política como profissão. É natural, do ponto de vista dele, angariar sempre um nível mais alto na vida pública, por isso que já tem sinalizado com a chance de se tornar governador. Quando ele falou na campanha que iria cumprir o novo mandato, sabíamos que era jogo de cena. Já desconfiávamos do que poderia acontecer. Trata-se de uma pessoa que nunca deixou de ocupar cargos públicos e essa candidatura não surge como novidade pra gente”, explicou.

Enquanto o prefeito não tomar uma decisão definitiva sobre a candidatura ao Governo, ele seguirá desempenhando suas atividades normais no Palácio Felipe Camarão, onde ocupa o lugar máximo desde janeiro de 2014. Em 2016, foi reconduzido ao cargo para mais quatro anos, tendo previsão de término legítimo para dezembro de 2020. Caso renuncie e dispute o Governo, seu atual vice, ex-deputado Álvaro Dias (PMDB), será efetivado na Prefeitura do Natal.

VIA AGORA RN / O Natalense

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