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sábado, 8 de outubro de 2016

Barros promete resolver inadimplência do governo em financiamento do SUS

Sábado, 08 de Outubro de 2016


por Eduardo Laguna e Álvaro Campos | Estadão Conteúdo
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta sexta-feira (7) que o governo federal tem como meta restabelecer em um ano o financiamento de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) que deixaram de receber recursos da União - o que já resulta numa dívida de R$ 3,5 bilhões com Estados e municípios. "O governo já reconheceu que esses serviços estão funcionando , mas não publicou a portaria que permite o pagamento mensal do aporte de cofinanciamento do governo federal", disse Barros, justificando a situação à falta de caixa da União. Após participar do congresso Summit Saúde Brasil, realizado pelo Grupo Estado na zona sul da capital paulista, o ministro da Saúde afirmou que o governo não pode ficar inadimplente com seus parceiros do SUS e tentará gerar recursos para zerar "o mais rápido possível" o calote a partir de uma gestão mais austera dos recursos da pasta. Em entrevista a jornalistas, Barros reafirmou que a proposta de emenda constitucional que limita as despesas públicas - a PEC 241 - não representará perda de investimentos tanto em saúde quanto em educação. Segundo ele, esse é um compromisso do presidente Michel Temer. "A PEC estabelece qual é o gasto global do governo. Dentro desse gasto global, o governo terá prioridades a estabelecer", disse o ministro, acrescentando que os gastos a mais da Previdência serão compensados em outras áreas no novo regime orçamentário. "Saúde e educação não terão redução de recursos", garantiu. Além do compromisso de Temer, Barros assinalou que o Congresso Nacional, que vota o Orçamento, garantirá que os recursos tanto da saúde quanto da educação evoluam "de acordo com os anseios da sociedade". Questionado sobre a possibilidade de a proporção dos investimentos em saúde cair num cenário de recuperação da atividade econômica e da arrecadação, Barros comentou que a discussão do mínimo constitucional - 13,2% do orçamento - não se verifica na prática, já que os gastos na área estão R$ 2 bilhões acima do piso estabelecido pela Constituição.

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