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domingo, 26 de julho de 2015

Coluna A Tarde: O Brasil do medo

Domingo, 26 de Julho de 2015


por Samuel Celestino
Além da crise gerada pelo governo Dilma, o mercado de capitais enfrentou uma semana de pavor e dificuldades com a queda da bolsa de valores e a depreciação das principais ações. O medo que se espraiou foi uma resposta já esperada à situação, ao aperto e desespero que a presidente lançou país a fora, depois de muito mentir, enganar e prometer, para se reeleger, vendendo a promessa de novos e dourados tempos. A resposta acima está nas pesquisas de opinião, com o desabar da popularidade da presidente que agora está com insignificantes 7,7% e mais de 70% de desaprovação.

Ronda ainda o temor de que o Brasil venha a perder – o medo é do próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levi – o grau de confiabilidade dos investidores externos, ou, para ficar mais claro, uma espécie de selo de bom pagador que se afere, ou não, aos países de maneira geral. O desastre, portanto, está logo ali na esquina. Enquanto isso, a economia desaba, os trabalhadores são demitidos, o comércio agoniza, assim como o parque industrial brasileiro. Enfim, Dilma Rousseff está a levar o país à breca, como antes se costumava dizer.

Ainda nesta semana, reduziu-se a meta do superávit primário de 1,1% para 0,15%, e, mesmo assim, procedeu-se um novo corte nas despesas (o que atinge a população) em R$8,6 bilhões. Num comparativo, deste espaço lanço à pergunta: por que Rousseff não corta gastos do seu governo? Por que não derruba os espalhafatosos 39 ministérios que estão aí apenas para atender às exigências dos políticos quando, num momento como este metade deles já seria razoável se muito ainda não fossem? Na verdade, talvez dez ministérios fossem adequados. Nesta crise que nos envolve apenas poucos ministros tem trabalho a fazer, enquanto os demais se deliciam em gastos desconhecidos.

Há de se reparar, ainda, que o executivo, principal poder da república, está sendo sovado constantemente pelo Congresso Nacional onde a maioria do governo praticamente já não existe com comprovam as derrotas que a presidente é submetida em sucessivas decisões parlamentares. O que faz Dilma no momento? Nada, absolutamente nada, porque ela é um zero à esquerda em questões econômicas e como política foi uma mera invenção do padrinho Lula quando ela era uma mera chefa da Casa Civil.

Com o poder que amealhou no final do seu segundo governo, ele entendeu, sem consultar a ninguém, inclusive ao PT, e a impôs como candidata por ter a certeza que ele a levaria à vitória, como de fato aconteceu. Ele precisava de um(a) comandante na república que não lhe fizesse sombra, e o resultado foi a sombra do terror que hoje se espraia Brasil a fora, com estados e municípios em dificuldades.

Tudo isso sem falar na depravada corrupção que apequenou a principal estatal brasileira, a Petrobrás. Observa-se que em relação à corrupção, o judiciário tomou à frente e vê-se um juiz federal de primeiro grau, Sérgio Moro, enfrentar antes poderosos empreiteiros, lá do Paraná. Se não fosse a ação do judiciário que ameaça os corruptos de prisão como, aliás, já acontece, estaríamos todos mergulhados na lama, como país desmoralizado pelas mentiras e aleivosias pregadas por políticos, a partir da incompetência da presidente Dilma, ora acuada nos corredores do Palácio do Planalto.

Há esperanças de que, já no início de agosto, o judiciário abra processos contra Fernando Collor de Melo, praga republicana, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Há informações de que os processos dos dois medalhões serão, logo, encaminhados à órbita do Supremo Tribunal Federal porque ambos têm for privilegiado.

Enquanto isso, nesta sexta feira última o dólar voltou a desabar diante do temor do mercado (já citado acima) pela possibilidade da perda de investimentos. O pânico ganhou corpo e Dilma foi obrigada a falar para defender o ministro da Fazenda, Joaquim Levi. Se não faltasse mais nada, Lula está à procura de Fernando Henrique Cardoso para um entendimento, de modo que a sua cria não seja levada ao cadafalso mediante impeachment e, ainda, com o tucano discutir a crise que o PT gerou. E isso aí. O mundo dá voltas, camará.

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