martins em pauta

sábado, 30 de agosto de 2014

Lágrimas na despedida do presidente e vice do TRE

30 de agosto de 2014

Sessão chororô nesta quinta-feira, no Tribunal Regional Eleitoral, na sessão de despedida dos presidente e vice, desembargadores Amilcar Maia e João Batista Rebouças.


Por: Thaisa Galvão


Mais antigo do Pleno, o juiz Verlano Medeiros fez um discurso emocionado.
Chorou presidente, chorou vice, chorou o juiz.
Eis o discurso:
Senhor Presidente, Desembargador Amilcar Maia, Desembargador Corregedor e Vice-Presidente, João Rebouças, caros colegas de bancada, Digno Procurador Regional Eleitoral, Dr. Gilberto Barroso, Dra. Andréa Campos, nossa Diretora Geral, assessores aqui presentes, funcionários desta Egrégia Corte, colegas advogados e demais presentes.
Não recebi nenhuma missão especial, todavia, não poderia deixar de proferir nesse momento de despedida, algumas palavras.
Faço isso, de coração, Desembargadores Amilcar e Rebouças.
Quando aqui cheguei, no ano de 2012, participei ainda que por pouco tempo, da gestão dos Desembargadores Saraiva Sobrinho e Vivaldo Pinheiro. Neófito, na ocasião, não nas lides eleitorais, mais no exercício da judicatura, com eles tive uma convivência harmoniosa e a partir de então puder entender que o Tribunal Regional Eleitoral do meu estado de coração, não era só um tribunal da cidadania, mais sim, um tribunal formado por pessoas capazes, justas e sérias, onde preponderava o respeito e a amizade, entre seus membros e funcionários.
Com a chegada de vocês, no final de agosto de 2012, pude compreender ainda mais o significado de justiça.
Apesar de jovens, vocês trouxeram para o TRE do RN uma experiência de trabalho, e as utilizaram aqui da melhor forma para servir ao próximo.
Humanos, conviventes, simples e humildes, não lhe faltaram atributos para exercerem os cargos de presidente e vice, deste Egrégio Tribunal.
Sou testemunha que sempre procuraram, no biênio que aqui termina pacificar os conflitos e trazer a nós membros deste colegiado, ideias propositivas para aprimorar o funcionamento desta Corte, em prol dos eleitores. Às vezes, sei que lidaram com espinhos, mais sempre souberam construir um caminho correto, por onde se escoaram sem atritos ou problemas.
Foram enérgicos quando precisaram ser, mas justos.
No exercício da judicatura, quando puniram, fizeram da pena a construção do bem e não a exarcebação do erro. Promoveram a instituição, incentivaram as virtudes e trabalharam para o crescimento da casa.
Essas foram às condutas de vocês, amigos se é que possa chamar assim, Desembargadores Amilcar Maia e João Rebouças. Uniram em vez de desagregar, incentivaram em vez de desestimular. Tiveram calma ao lidar com erros humanos e foram pródigos ao realçar virtudes.
Foi exatamente isso que fizeram de vocês, em pouco espaço de tempo, um dos melhores administradores deste Tribunal, daí a grandeza do trabalho que desempenharam e o êxito da missão que abraçaram.
Sei que a gestão de vocês contou com a inestimável colaboração e a imprescindível solidariedade dos colegas deste Tribunal, dos juízes de primeira instância, dos diretores e dos servidores desta Casa, merecedores, todos eles, do nosso reconhecimento e do nosso agradecimento pelo empenho, pela dedicação, pelo espírito coletivo, pela lealdade, pela responsabilidade e pela competência que sempre demonstraram em tudo o que fizeram.
Os cargos permanecem e nós passamos, como todos passam. Outros juízes suceder-nos-ão. O ostracismo alcançar-nos-á. Tudo que é terreno é efêmero. É correr atrás do vento, como está em Eclesiastes (2:26). Mais do que as honrarias do cargo, o que nos engrandecerá será bem servir àqueles que de nós esperam ações e realizações.
Tenho a dizer que aprendi muito nesses dois anos que convivi com vocês. Tive a certeza que nesta casa ninguém é dono da verdade, apenas estamos aqui para cumprir uma missão e fazer justiça de acordo com a consciência de cada um, Os integrantes desta instituição sempre se postaram honrados, valentes e em unidade na defesa da integridade e das prerrogativas deste Tribunal.
Por fim digo, de passo em passo é sempre um caminhar histórico e de construção compartilhada pelos inúmeros magistrados gestores e pioneiros, Presidentes, Vices, Corregedores, Diretores da Escola, auxiliares, servidores que por aqui já passaram.
Resgato, nesta hora, o pensamento de Voltaire: nunca qualquer floco de neve se sentiu responsável por uma avalancha.
Esta instituição é obra de todos nós, do passado e do presente. Se fazer fosse tão fácil quanto saber o que seria bom fazer, as capelas seriam igrejas, e as choupanas dos pobres, palácios de príncipes. William Shakespeare.

Que Deus abençoe vocês, Desembargadores Amilcar Maia e João Rebouças. Outras missões lhes esperam no Tribunal de Justiça do RN.
Muito obrigado


Fonte: Carlos Skarlack

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