martins em pauta

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Nota de repúdio


Prezados Colegas,
Como é do conhecimento de todos nos dias 01, 02 e 03 de junho do corrente ano, será realizado o tradicional evento da cidade de Martins/RN, o Encontro Hiran Xavier de Motociclismo. Os rumores diziam o contrário. Porém, os seus precursores, com o nosso amigo ilustre Robson Oliveira a frente de tudo, resolveram ir a campo e buscar subsídios para não deixar o evento sucumbir.
Pois, bem! Em meio a essa busca, fosse pelo lado financeiro ou ajuda humanitária, a organização procurou a ajuda de três motoclubes: Serração, B-17 e nós dos Mijões do Asfalto para participarmos e colaborarmos com evento (pois só quem já o fez, sabe o quanto é difícil). Com muita honra e satisfação, aceitamos o convite, haja vista o crédito debitado em nossa competência e sem falar no fato de todos os componentes serem filhos de Martins. Ficamos extremamente lisonjeados com o convite do nosso estimado amigo Robson Oliveira.
Em meio a tanta alegria por saber que o evento iria e irá acontecer e, pelo fato dos Mijões do Asfalto estar juntos com essa equipe, mais do que competente, contribuindo para isso seja possível, tivemos uma notícia lastimável que nos faz pensar e indagar: O QUE NOS QUALIFICA COMO MELHORES OU PIORES? Para nós é o caráter, mas para alguns é o NOME.
Para que se entenda melhor, iremos explicar os fatos, ressaltando apenas que nossa indignação não é com a organização do Encontro.
No sábado, dia 21/04, recebemos uma notícia de que Robson Oliveira havia encaminhado o banner do evento para a ilustre Revista Motoclubes, neste ato, representada, pelo senhor Maia dos Abutres.  Após o envio do referido banner o mesmo ainda não havia sido veiculado na Revista. Ao entrar em contato com o editor, o senhor Maia, Robson Oliveira ficou surpreso com a resposta enfática e intimidadora: “Só faço a divulgação na Revista e a cobertura se a bandeira dos Mijões do Asfalto não estiver contida no banner” (Maia). Lembrando que, a organização irá pagar a Revista para fazer a cobertura do evento. Mas, mesmo assim eles só irão mediante a imposição de que não estejamos ligados ao evento.
Desta feita, em reunião, realizada na data supracitada, a organização do evento, Robson, Serração e Plínio, representando os Mijões, colocaram a mesa as seguintes opções: Deixar a bandeira dos Mijões no banner e não divulgar o evento na Revista Motoclubes? Ou divulgar o evento na Revista Motoclubes, que é acessada em todo território nacional, e retirar a bandeira dos Mijões? Mediante os fatos, a decisão foi retirar a bandeira dos Mijões do banner. A princípio, seria retirada apenas do banner que iria ser veiculado na Revista. Nos cartazes e nos folders, continuaria. Mas como “o caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver” resolvemos em respeito aos nossos amigos e companheiros de estrada nos retirar do evento, já que não somos gabaritados (para alguns) para sermos divulgados em um site, por causa do nome que escolhemos para carregar, também não vemos necessidade de continuarmos “presentes” no evento.
Então, mediante este lamentável episódio, resolvemos expor aos colegas motociclistas a nossa tristeza, indignação e repúdio, pois não sabíamos que existia uma regra na comunidade motociclística de que deveríamos possuir nomes nobres, altruístas, medievais ou coisa do gênero para participarmos do que quer que seja.
Desta forma, queremos ratificar que não é um nome que define o que ou quem você é, e, sim, o seu caráter. Criar um moto clube ou um moto grupo é bem mais do que simplesmente inventar um nome bonito, fazer camisetas ou possuir a melhor moto. Na realidade o nome deve ser a última coisa a ser criada. Ser motociclista é viver uma identidade diferente daquela convencional, é ter a palavra LIBERDADE tatuada na alma, é ter a certeza de que em cada parada faremos um novo amigo.
Lamentamos por saber que nos dias atuais ainda existam pessoas preconceituosas e pobres de espírito como o nobre senhor da Revista que nos aferiu a qualificação de “chulos”. Uma pessoa que se diz amante do motociclismo, mas que, infelizmente, costuma julgar as pessoas pelo nome, tendo em vista que não é a primeira vez que o senhor Maia busca nos menosprezar. Se achar capaz não quer dizer necessariamente que o é, haja vista o fiasco que foi o evento organizado por ele aqui em Natal. Aprenda que não se deve julgar um livro pela capa. Procure antes e, acima de tudo, saber o seu conteúdo para daí formar conceitos e tirar suas conclusões, uma vez que não se qualifica o homem por seu nome e sim por suas virtudes e ATOS.
O fato de ter um brasão não qualifica ninguém como melhor ou pior, somos todos seres humanos, errando e acertando. E o que falta dentro da vasta comunidade de duas rodas são pesquisas e estudos sobre o que envolve essa comunidade. As pessoas denominam o que elas acham ou o que por ventura passaram de bom ou ruim, trazendo a tona comentários ou opiniões que muitas vezes vêm distorcidos, afinal, grupos não são formados a toa e os brasões servem para destacar várias ideologias, mas nunca para separar o que todos têm em comum que é a paixão pelas duas rodas (ou três).
Nós dos Mijões do Asfalto, apesar de parecermos ou sermos jovens, gostamos de ser tradicionalistas, seguindo costumes tão antigos quanto à motocicleta, tais como: respeito mútuo, irmandade e liberdade, pois acreditamos que neste mundo exista lugar e espaço para todas as tribos.
Temos que procurar manter a unidade na diversidade. Como dizia Paulo apóstolo, o corpo, mesmo sendo um só, tem vários membros, cada um diferente do outro, porém cada qual tem sua função vital. Nós também formamos um só corpo em Cristo, independente do nome que carregamos. Cada qual com seus dons e talentos que devem ser respeitados.
Ressaltamos ainda, ao senhor Maia, que um motoclube deve sempre partir de um grupo de amigos, onde os passos mais importantes devem ser a amizade, o companheirismo e o respeito para com seus membros e os outros motociclistas. Então, é em nome dessa amizade, do companheirismo e do respeito que temos pelos membros dos Mijões do Asfalto e por aqueles que são nossos amigos, que conhecem nosso caráter e que sabem da nossa paixão pelo motociclismo, que informamos que não mais iremos participar do evento de Martins.
Por fim, não temos que explicar às pessoas porque andamos de moto. Para os que compreendem, nenhuma palavra é necessária, para os que não compreendem, nenhuma explicação é possível.
O Céu é nosso teto, a Estrada é nossa Pátria, a Liberdade é nossa religião, o NOME é consequência e o CARÁTER é resultado da nossa conduta.

Cordialmente,
Mijões do Asfalto.

Nota do Blog Martins em Pauta:
 ”Meus nobres colegas dos Mijões do Asfalto não baixem a cabeça todos sabemos do caráter de cada um de vocês, estou com vocês tudo acima citado e de estrema verdade...”.

Um comentário:

  1. Eu sou impossibilitado de pilotar uma moto, não entendo nada de moto, mas entendo de respeito pelas pessoas e pelo trabalho digno dos outros. Eu como cidadão e comunicador, fico extremamente triste e envergonhado com fatos dessa natureza,esse tipo de atitude não podemos aceitar nos dias de hoje. Se assim aconteceu, quero dizer: na minha visão crítica,os que faz essa revista agiram preconceituosamente, um dos procedimentos mais mesquinhos que um ser humano pode praticar contra o outro.

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