Quarta, 31 de dezembro de 2025
Segundo Malafaia, a denúncia se refere ao discurso realizado no ato Anistia Já, em 6 de abril, na Avenida Paulista, quando defendeu o general Braga Netto e questionou a postura do Alto Comando do Exército:
"Cadê esses generais de quatro estrelas do Alto Comando do Exército?
Cambada de frouxos, cambada de covardes, cambada de omissos.
Vocês não honram a farda que vestem."
O pastor ressaltou que não mencionou o nome de Tomás Paiva e questionou o motivo de estar sendo acusado como se tivesse direcionado as críticas ao comandante.
Ele também criticou o fato de o processo ter sido encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu não tenho prerrogativa de função, eu não tenho foro no Supremo Tribunal Federal. Ele tinha que mandar para a primeira instância", disse.
De acordo com Malafaia, Paulo Gonet justificou o envio ao STF por ligação com o inquérito das “fake news” e das chamadas “milícias digitais”. O pastor reagiu:
"O que tem a ver a manifestação da minha opinião em uma manifestação pública com fake news? Absolutamente nada. (…) Repito, o que tem a ver minha opinião, minha liberdade de expressão garantida pelo artigo 5º, inciso 4º da Constituição, com questões de fake news? Isso é um absurdo."
Outro ponto criticado foi a rapidez da resposta de Moraes à denúncia:
"No dia 18, sexta-feira, Paulo Gonet me denuncia. No dia 20, domingo, Alexandre de Moraes determina prazo de 15 dias para eu responder à denúncia. Só tem um detalhe: de 20 de dezembro a 20 de janeiro é o recesso do Judiciário. (…) Como ele, no recesso, manda me intimar numa velocidade que não acontece nunca? Isso é uma vergonha."
Malafaia também lembrou o direito ao duplo grau de jurisdição:
"Todo brasileiro tem o direito de recorrer às diversas instâncias. Como Lula e a quadrilha do PT, que foram julgados e condenados por unanimidade. O que eu tenho que ser julgado no STF? Repito, eu não tenho prerrogativa de função, nem foram lá", disse.
Ele questionou ainda os ministros Gilmar Mendes e Edson Fachin:
"Aonde eu vou recorrer? O STF se tornou um tribunal de pura perseguição política, nada mais e nada menos do que isso. Que país é esse?"
Por fim, o pastor criticou a atuação de Paulo Gonet e de Alexandre de Moraes:
"Paulo Gonet se tornou capacho e subserviente. Alexandre de Moraes envergonha o STF", disse.
E concluiu:
"Paulo Gonet, você vai denunciar a jornalista, denunciar a jornalista Malu Gaspar, pelo que ela falou de Alexandre de Moraes? Vai denunciar os milhões sem justificativa que a mulher de Alexandre de Moraes recebeu? Vai denunciar Alexandre de Moraes por tráfico de influência? [ministro] Dias Tóffoli? Não. Isso é uma vergonha!"

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