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terça-feira, 30 de dezembro de 2025

URGENTE: Oficiais de Justiça vão a sede do Master à procura do liquidante, alvo principal dos advogados de Vorcaro

Terça, 30 de dezembro de 2025



O liquidante, servidor aposentado do BC, tem acesso a todos os contratos e pagamentos realizados pelo banco a prestadores de serviço, incluindo escritórios de advocacia. A busca alimenta expectativas de que ele seja intimado para prestar esclarecimentos nos próximos dias sobre o processo de liquidação do banco pertencente a Daniel Vorcaro.

A defesa de Vorcaro tem concentrado esforços em Bianchini, transformando-o em alvo principal de suas ações junto ao STF e ao TCU para tentar anular o processo de liquidação. O relatório final do liquidante deverá expor detalhadamente todos os pagamentos efetuados pela instituição.

Entre os documentos sob responsabilidade de Bianchini está o contrato com o escritório de familiares do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo o jornal O Globo, esse escritório recebia R$ 3,6 milhões mensais para defender os interesses do Banco Master.

A possibilidade de convocação do liquidante intensificou-se após a defesa do Master acusar o Banco Central de utilizá-lo para obter informações privilegiadas da instituição. Esta acusação foi apresentada em petição enviada ao ministro Jhonatan de Jesus, do Tribunal de Contas da União, conforme reportagem do site Metrópoles.

O caso ganhou nova dimensão quando o ministro Dias Toffoli, do STF, determinou uma acareação entre Vorcaro e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília, com participação do diretor de fiscalização do BC, Ailton de Aquino Santos. O encontro está marcado para 30 de dezembro.

Por meio de sua assessoria, Toffoli negou ter ordenado o envio dos oficiais de Justiça para intimar Bianchini. O ministro afirmou que apenas os três nomes já divulgados pelo Supremo Tribunal Federal estão confirmados para a acareação programada para esta semana.

No TCU, o ministro Jhonatan de Jesus tem exercido pressão que estaria restringindo a atuação dos técnicos da Audbancos, unidade responsável pela fiscalização de bancos públicos e instituições financeiras no Brasil, segundo relatos de dois servidores do Tribunal ouvidos pela reportagem. Jesus solicitou manifestação do BC sobre possíveis indícios de precipitação na liquidação do Master.

O TCU colocou em sigilo o processo que analisa uma possível omissão do Banco Central em operações do Master.

Um técnico aposentado do BC com ampla experiência em liquidação de bancos, consultado, classificou como sem precedentes uma eventual interferência do STF e do TCU no trabalho do liquidante. O ex-servidor interpreta as recentes movimentações como tentativa de intimidar o processo de liquidação.

Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, criticou a atuação do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal Federal no caso.

"Eu nunca tinha visto. O que está sendo pedido são coisas que não têm sentido", afirmou.

Segundo Figueiredo, o Banco Central possui todas as prerrogativas legais para conduzir o processo de liquidação.

Na avaliação do ex-diretor, as irregularidades identificadas no banco de Vorcaro são incontestáveis. "Foi uma fraude gigante. Não foi decisão de um diretor, mas de todo um colegiado a partir de um volume de documentação muito robusto", declarou.

A Procuradoria do Banco Central defende a legalidade da liquidação, enquanto a defesa de Vorcaro busca reverter a decisão através de ações no Justi e no TCU. A acareação marcada para esta semana representa um momento importante para os desdobramentos do processo.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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