Segunda, 02 de junho de 2025
Em sua homilia, Leão XIV declarou que o casamento heterossexual não representa apenas um ideal, mas o próprio "modelo do verdadeiro amor", alicerçado na fidelidade, plenitude e fecundidade. Ele citou a encíclica Humanae Vitae (1968) ao afirmar:
"Com o coração cheio de gratidão e esperança, digo a vocês, esposos: o matrimônio não é um ideal, mas o modelo do verdadeiro amor entre um homem e uma mulher: amor total, fiel e fecundo".
O pontífice também expressou preocupação com a perda de valores humanos e com práticas que, segundo ele, vão contra a dignidade da vida. “É verdade que, às vezes, esta humanidade é traída. Por exemplo, quando é invocada a liberdade não para dar a vida, mas para tirá-la; não para proteger, mas para ferir”, advertiu, ao mencionar diretamente a questão do aborto.
A defesa da estrutura familiar esteve no centro de sua mensagem. Leão XIV afirmou que o casamento entre homem e mulher é essencial para superar os fatores que fragmentam os laços sociais:
“Todos vivemos graças a uma relação, isto é, a um vínculo livre e libertador de humanidade e cuidado mútuo (…) Irmãos, se nos amarmos assim, sobre o fundamento de Cristo (…), seremos um sinal de paz para todos, na sociedade e no mundo. Não devemos esquecer: do coração das famílias vem o futuro dos povos”.
A missa atraiu delegações de 131 países, com fiéis levando bandeiras e cartazes com mensagens como “Papa Leão, proteja a família”. Antes da celebração da Eucaristia, o papa saudou os presentes no papamóvel e abençoou várias crianças trazidas para perto dele.
O discurso incluiu ainda exemplos concretos de casais e famílias considerados santos pela Igreja. Entre eles, o casal francês Luis e Celia Martin, pais de Santa Teresa do Menino Jesus, e a família Ulma, mártires poloneses da Segunda Guerra Mundial. Para Leão XIV, essas figuras são provas de que o compromisso familiar é um testemunho necessário e transformador:
“Ao apresentar casais santos como testemunhas exemplares, a Igreja nos diz que o mundo de hoje precisa da aliança conjugal para conhecer e abraçar o amor de Deus e superar, com seu poder unificador e reconciliador, as forças que destroem relacionamentos e sociedades”.
Encerrando a cerimônia, o papa entoou a oração Regina Caeli, própria do tempo pascal, e dirigiu uma saudação especial às crianças e aos idosos, destacando-os como fontes de inspiração e esperança. Também pediu à Virgem Maria que interceda pelas famílias atingidas por conflitos armados no Oriente Médio, na Ucrânia e em outras regiões:
"Que a Mãe de Deus nos ajude a caminhar juntos no caminho da paz", concluiu.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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