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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

“O STF não tem legitimidade para definir política de segurança pública no Rio de Janeiro”, afirma procurador de Justiça (veja o vídeo)

Segunda, 24 de Agosto de 2020

Em entrevista exclusiva à TV Jornal da Cidade Online, Marcelo Rocha Monteiro, procurador de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro, comentou as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal em relação ao estado do Rio:

“O Supremo não tem legitimidade para definir política de segurança pública no Rio de Janeiro, nem em Goiás, nem em São Paulo, nem no Amapá, nem em lugar nenhum! Se fosse o Supremo o órgão competente para definir política de segurança pública, definir quantas operações policiais devem ou não devem ser feitas por mês, para definir se a polícia deve usar helicóptero, avião, tanque ou blindado... se fosse o Supremo o órgão competente para isso, as secretarias de segurança seriam vinculadas aos Supremo Tribunal Federal”, explicou o procurador.

Monteiro ressaltou, ainda, que cabe ao governador do estado, eleito pelo povo, definir as políticas de segurança:

“Como todo mundo sabe, as secretarias de segurança ou secretarias de polícia são órgãos do poder executivo, exatamente porque é o governador eleito pela população, que apresentou uma proposta de segurança pública, que tem a legitimidade do voto popular para definir a política de segurança pública”, ressaltou o procurador.

Sem polícia, bandidos ficam cada vez mais livres para praticar crimes

Para Monteiro, é uma estupidez achar que acabando com a polícia, acaba a violência:

“O sujeito que acredita que quanto menos polícia, menos crime, então, a solução ideal para ele é essa, acabar com a polícia, que a aí a criminalidade será reduzida a zero. O integrante da facção criminosa vai dizer assim: ‘Já que não tem mais polícia, vou me aposentar, não vou mais assaltar caminhão de carga, não vou mais roubar banco...’. Eu me sinto insultado na minha inteligência quando vejo um profissional da imprensa escrever um negócio desses”, criticou o procurador.

Assista a entrevista:

da Redação / Jornal da Cidade Online

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