Segunda, 18 de Julho de 2016

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Após a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como novo presidente da Câmara dos Deputados, o ministro chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, minimizou a influência do ex-presidente, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na gestão Michel Temer. Após o candidato preferido pelo peemedebista, Rogério Rosso (PSD-DF) perder o pleito, Cunha afirmou a aliados que se sentiu “traído” e “abandonado” pelo correligionário . “O que estava fazendo diferença para o governo era a instabilidade da interinidade do presidente Waldir Maranhão. Isso estava prejudicando”, disse Geddel, em entrevista publicada neste domingo (17) pelo jornal O Globo. Questionado sobre a preferência do governo por Rosso ou Maia, Geddel não elencou um nome e negou interferência no processo. “O governo entrou nesta eleição com um compromisso claro de não se envolver e só se envolveu, e eu pessoalmente me envolvi, quando em determinado momento ficou muito claro para a opinião pública que o candidato apresentado pelo meu partido (Marcelo Castro) não era do meu partido, seria um candidato de forças da oposição para desestabilizar o meu governo. Quando o segundo turno se consolidou entre Rosso e Rodrigo, o governo já era vitorioso. É hora de cada um inventar uma historinha”, afirmou, acrescentando um “desafio” a quem quisesse apontar intervenção dele ou de algum outro membro do núcleo político do Planalto. Geddel negou também que a candidatura do correligionário Marcelo Castro, representando os interesses da oposição ligada à presidente afastada Dilma Rousseff, tenha gerado grandes problemas internos no PMDB. “Claro, mostra que teve algumas insatisfações. O erro fundamental no primeiro momento é que, no desespero para não ter impeachment, a presidente Dilma Rousseff distribuiu funções importantes para o PMDB. Quando do advento do impeachment, o PMDB teve que ceder espaços a outros partidos para assegurar a governabilidade do presidente Michel Temer. Isso pode ter gerado insatisfações por perda de espaço. Isso será resolvido. Não vamos dar tamanho de monte Everest a um pequeno mulundu do cerrado de Brasília”, afirmou.
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