3 de agosto de 2014
Vice-governador e candidato ao governo pelo PSD diz que a falta do diálogo, a autossuficiência foi o grande erro do governo Rosalba

O vice-governador e candidato ao Governo do Estado pelo Partido Social Democrata, Robinson Faria, defende a modernização da máquina pública para recuperar a capacidade de investimentos do Estado, hoje estagnada em 2% da receita corrente do Estado. Reequilibrar a saúde financeira do Estado, segundo Faria, passa por medidas como auditoria e enxugamento da folha de pagamento, além de preparar um ambiente favorável para atrair riquezas e aumentar a arrecadação do Estado. “A grande meta do meu governo será eficiência da máquina administrativa, no serviço público. A prioridade mais emergencial é a segurança pública, esse é o grito de angústia da população”, disse. Robinso é o segundo candidato a ser ouvido na série de entrevistas promovida pela TRIBUNA DO NORTE com candidatos ao governo do Estado. Sendo eleito, o candidato do PDS prevê uma mudança no critério de composição do secretariado que “premiará a competência”, a partir da indicação técnica e não política aos cargos, como praxe. O candidato descartou uma possível reaproximação com a governadora Rosalba Ciarlini e disse que espera a presidenta Dilma em seu palanque. Confira a entrevista.
Sendo eleito, como o senhor pretende reequilibrar as contas do Executivo, sobretudo os gastos com o pessoal, que há mais de 4 anos está acima do limite prudencial da LRF?
A solução que vislumbramos é recuperar a capacidade de investimentos do Rio Grande de Norte. A média histórica vem caindo até chegar a um patamar de 2% de investimento em relação ao orçamento geral. Isso requer medidas, como uma auditoria na folha de pagamento, para saber quantos cargos comissionados existem e podem ser enxugados, sobre as terceirizações, gasto que afeta o limite prudencial, além de preparar um ambiente favorável para atrair riquezas e aumentar a arrecadação do Estado. O Rio Grande do Norte precisa deixar de ser um ambiente hostil ao surgimento de novas empresas, como disse o empresário Flávio Rocha. Aumentamos a receita e com isso sairemos do limite prudencial.
A indicação do secretariado, caso seja eleito, será por qualificação técnica, em vez de indicação política?
Meu governo será essencialmente técnico. Não tenho compromissos políticos para as indicações. A exemplo do que fiz como secretário de Recursos Hídricos do Estado, premiarei o técnico para ter êxito. Em dois meses na Semarh, com corpo técnico, eu já tinha o planejamento para quatro anos. Se continuar com a política viciada, de quem vence sair apontando os cargos no governo, não teremos como reerguer o Estado. Minha gestão premiará a competência. O diálogo será restabelecido em todos os setores. Esse foi o grande erro do atual governo: a falta do diálogo, a autossuficiência. Perdeu essa capacidade de ouvir, de dialogar, vamos dar vez à sociedade.
Fonte: www.tribunadonorte/ Carlos Skarlack
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