Sábado, 15 de novembro de 2025
A PF identificou que os pagamentos mensais de R$ 250 mil da Conafer a Stefanutto começaram em maio de 2023, um mês antes de sua nomeação oficial para a presidência do instituto pelo então ministro Carlos Lupi. Os repasses continuaram até setembro de 2024, utilizando empresas de fachada e um escritório de advocacia para lavagem de dinheiro.
O valor total de R$ 4 milhões inclui os pagamentos mensais durante sua gestão como presidente e um depósito isolado de R$ 250 mil feito pela Conafer quando Stefanutto era procurador-geral federal na Advocacia-Geral da União (AGU).
Na decisão que autorizou as medidas contra Stefanutto, Mendonça apontou que as investigações reuniram evidências de que o ex-presidente do INSS "exerceu papel de facilitador institucional do grupo criminoso dentro do INSS, tendo sido procurador-chefe e, posteriormente, presidente da autarquia".
O documento do STF também indica que Stefanutto "integrava o núcleo político-institucional, que tinha por objetivo garantir o funcionamento e a impunidade do esquema fraudulento, mediante atuação dentro do próprio órgão público". Ele trabalhou para viabilizar "administrativa e juridicamente a continuidade do convênio irregular mantido entre o INSS e a Conafer".
Em abril de 2025, quando a primeira fase da operação foi deflagrada, o então ministro Lupi se recusou a exonerar Stefanutto.
Os advogados de Stefanutto divulgaram comunicado afirmando que ele irá "comprovar a inocência" e classificaram sua prisão como "completamente ilegal". Segundo a defesa, o ex-presidente não teria "causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação".
Fonte: Jornal da Cidade Online

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