Quinta, 27 de novembro de 2025
Em sua fala, durante audiência em uma comissão especial da Câmara dos Deputados, o governador afirmou que “De 2019 a 2023, a instituição criminosa que mais cresceu foi o Comando Vermelho, exatamente em virtude da ADPF”, reforçando que o Estado ainda enfrenta o impacto de “cinco anos de besteirada para a gente poder limpar; essa limpeza só começou, e no Rio a gente não vai parar”.
Ao comentar os resultados da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, que registrou 121 mortes, Castro destacou que cerca de 40% dos mortos eram oriundos de outros Estados. Para o governador, esse dado evidencia a dimensão nacional do problema e a urgência de mudanças nas diretrizes impostas às forças de segurança.
Nesse contexto, insistiu que “Se não resolvermos o Rio, dificilmente conseguiremos resolver o Brasil”.
Além das críticas ao STF, Castro voltou suas atenções para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, elaborada pelo governo federal. Ele defendeu ajustes no texto para ampliar a autonomia das corporações estaduais, criticando a estrutura do conselho previsto na PEC, que, segundo afirmou, concentra poder excessivo na União. Entre suas sugestões, propôs reduzir o número de integrantes do colegiado para algo entre “dez a 12 vagas”, buscando, assim, um formato mais ágil e equilibrado.
O governador também cobrou mecanismos formais de ressarcimento por parte da União quando policiais estaduais atuarem em situações que envolvam crimes de competência federal.
A medida, afirmou, seria fundamental para evitar sobrecarga financeira nos Estados e permitir ações mais amplas no enfrentamento às facções criminosas. As propostas apresentadas serão analisadas pelo relator da PEC, Mendonça Filho (União-PE), enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), projeta a entrega do parecer para o dia 4 de dezembro.

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