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domingo, 8 de maio de 2022

Tambores de guerra

Domingo, 08 de Maio de 2022



Com as eleições gerais de 2018 e com a chegada da “Nova Ordem Brasileira”, o Brasil diagnosticou o câncer vermelho que corroeu nossa economia e deteriorou nosso tecido social por trinta e cinco anos de social-comunismo, sorrateiramente enfiado pela goela abaixo do povão e, o que é mais grave, como é consabido com o incondicional apoio de uma casta de sanguessugas do erário, se pretendia que a doença enraizasse e perenizasse indefinidamente.

Toda ordem constituída por aquela gente do mal visou – e ainda objetiva - em primeiríssimo lugar, a manter e a garantir as benesses e os privilégios dos poderosos que eles homiziaram nos três poderes da República, em flagrante e perverso sacrifício do cidadão que sustenta aqueles seus algozes.

Ao longo dessas últimas três décadas construíram este sistema maldito, porém, em contrapartida, aquele establishment venal que o idealizou teve que permitir o surgimento de algo muito mais nocivo do que ele próprio, qual seja, uma força descomunal a quem atribuíram ilimitados poderes para dispor da liberdade e, por via de consequência da vida, de quem quer que seja. Esta instituição do mal e das trevas está hoje encarnada pelo lado negro da Suprema Corte do Brasil.

Não é por outro motivo que seus integrantes, sentem-se intocáveis, se colocam muito acima do homem comum e até fora do alcance dos poderosos comensais da República, dos quais exigem que se mantenham de joelhos diante deles, isto se quiserem conservar sua vida de fausto e de regalias ou, então, que passem a responder por seus crimes, cujos processos são mantidos como “Espadas de Dâmocles” sob suas cabeças.

O grande propósito desses demônios das profundezas do autoritarismo vermelho, e que a rigor nem mais se encontra escondido ou disfarçado, é destruir a derradeira esperança de nossa gente de viver em um País livre e soberano, começando por eliminar, física ou civilmente, Bolsonaro e seus patriotas.

Fraudando as próximas eleições ou, depois delas, em face da vitória do Capitão, o grande eixo do mal que vai do STF ao Congresso Nacional, não cessará de rufar seus tambores de guerra contra a democracia, a Constituição, a família, a propriedade e a cultura judaico-cristã.

A liberdade e os direitos individuais de nossa gente são o principal alvo da hedionda batalha que travam nesta Terra de Santa Cruz e vêm logrando seus intentos quando, tentam humilhar e desmoralizar o primeiro mandatário do País; quando prendem e aleijam pessoas do bem; quando mantêm presos e exilados políticos; quando exorbitam de suas funções para coagir e amedrontar as vozes que ousam se levantar contra seus atos cruelmente autoritários e tirânicos; quando, enfim, criminalizam a voz do povo que se rebela contra aqueles que lhe usurpa o poder e que emana exatamente deste mesmo povo.

Em tudo isso o que mais indigna é ver a canalha da velha imprensa órfã dos cofres públicos, bem como os Contras e os “terceiroviistas” dos interesses escusos contrariados traírem a Pátria em que nasceram para mercê de covardes atitudes apoiarem qualquer um e até o tal de “Ogro Descondenado” na vã esperança de que, voltando a roubalheira sistêmica da classe política abjeta, para tais vagabundos incompetentes sobeje algo que para amealhar não precisam fazer esforço algum, nem que necessitem ter mérito para alcançar.

Que outra leitura se tem quando um Mandarim da Corte acusa levianamente as Forças Armadas de terem intenção de atacar o processo eleitoral no País e que, talvez às custas do erário, viaja ao exterior para dizer lá fora que o presidente eleito democraticamente é o maior “inimigo a ser combatido”, pelo que não se deve medir palavras nem esforços para derrotar o Chefe do Poder Executivo?

A que conclusão se pode chegar, quando outro Mandarim do STF - guindado à Corte Suprema por um presidente de má-fama - despudoradamente rasga a Constituição para afrontar e desafiar a graça presidencial concedida não só a um parlamentar por ele vitimado, mas igualmente aos milhares de seus eleitores donos do mandato outorgado ao tal representante, para desmerecer, desautorar e desafiar as prerrogativas constitucionais de um Presidente eleito por mais de 57 milhões de brasileiros?

Impende ainda salientar que no caso específico do Deputado Daniel Silveira - que o Ministro Alexandre de Moraes teme que, eleito senador em outubro do corrente ano, venha liderar no Parlamento a corrente de representantes do povo que vai finalmente ajustar com o petulante servidor público todas as contas e danos causados à liberdade deste povo - as afrontas à graça concedida tomaram, por último, conotações criminosas na medida em que atentam contra sua vida, bem como de sua mulher e filhos, impedindo-os que provejam suas mantenças.   

Como concluir diferente quando um Mandarim de FHC consegue que seus pares aceitem queixas crimes contra um senador da República, por suas opiniões e votos, comprometendo as estabilidades das instituições, a segurança jurídica e flexibilizando as garantias constitucionais de um congressista, em nítida e clara atitude de “retaliação e vingança” por aquele parlamentar ter pedido a abertura da CPI da Lava Toga e o impeachment de ministros? Plagiando um velho brocardo (in claris cessat interpretatio), digo que quando o fato é claro, não é necessário interpretá-lo.

Que diferente exame se pode fazer em relação ao vendido Presidente do Senado quando, por encomenda do lado negro do STF que guarda suas milionárias ações indenizatórias, vem a público para classificar como atos antidemocráticos as estrondosas manifestações dos verdadeiros patriotas em defesa da liberdade em primeiro de maio último, justo aquelas que ocorreram ao lado de um nojento e insignificante showmício da “petralhada”, produzido à margem da legislação eleitoral e regiamente custeado pela Prefeitura de São Paulo?

Tudo isso e muito mais que, no dia a dia, se fez e se faz para escravizar o pensamento e tolher a livre manifestação de um povo que não quer mais ser vitimado pelos poderosos, de certo que configuram contundentes atos de beligerância. Então, aí ocorre uma de duas, ou nas ruas permanecemos para impedir a barbárie ou diante do rufar dos tambores da guerra já declarada contra a Nação Verde e Amarela, fazemos ouvidos de mercador até que “venezuelem” o Brasil.

Foto de José Maurício de Barcellos

José Maurício de Barcellos

Ex-Consultor jurídico da CPRM-MME. É advogado.

Fonte: Jornal da Cidade Online


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