Sábado, 16 de Outubro de 2021
E Galvão Bueno, narrador que passa o tempo puxando assunto que nada tem a ver com a partida, não narra o jogo, mas arremessa confete em si mesmo enquanto a bola está rolando ele fica trocando figurinhas com Casagrande (aquele mesmo que não passou de um jogador simplório, que ganhou um ou dois títulos durante toda carreira e descobriu um modo de chamar atenção: politizar o futebol. Jogava uma ninharia com os pés, mas era um craque com a língua. Craque em falar besteiras).
Mas Galvão, dizia eu, na falta do que fazer, resolveu chamar o único craque em destaque mundial que temos hoje, Neymar, de idiota.
Pois bem no jogo Brasil e Uruguai, desta quinta, Neymar mostrou quem é o idiota.
Soberbo. Magnifico. Correndo, passando, driblando, ajudando na marcação, Neymar foi perfeito.
A partida foi uma ópera em dois atos. Neymar-Verdi, compôs, regeu a orquestra, representou, foi a estrela principal e obrigou Galvão narrar um gol seu.
Verdi, escreveu uma ópera cômica em três atos: “Falstaff”. É uma obra cheia de elegância e inovação. Exibe solos majestosos, assim como cantos que exigem trios e quartetos.
“Falstaff” é uma comédia de vingança e lição de honra. O personagem principal, cujo nome intitula a própria ópera, é um homem sem escrúpulos que usa a mentira para zombar e se aproveitar de todos ao seu redor. Depois de tentar conquistar mulheres casadas, invadir e roubar a casa de um homem e demitir injustamente seus criados, “Falstaff” está na mira de todos aqueles que foram prejudicados por ele.
Mas o final da ópera “Falstaff” é alegre com um casamento entre dois personagens apaixonados e cantoria de todos que diz: “Ri melhor quem ri por último”.
O maestro Neymar também imitou Verdi. Sua ópera em dois atos, mostra, ao final, o casamento feliz de dois personagens apaixonados: o Futebol (com letra maiúscula) e a Torcida Brasileira!
Confira:
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