Segunda, 29 de Julho de 2019

De 2008 a 2018, os saques das contas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no Rio Grande do Norte somaram R$ 7,2 bilhões. Os recursos sacados, utilizados pelos trabalhadores para destinações diversas, mas prioritariamente para o pagamento do financiamento habitacional, atingiram o pico da década em 2017, quando os reflexos da recessão nacional foram os mais devastadores no mercado de trabalho e ambiente econômico. Naquele ano foram contabilizadas 1,8 milhão de operações de retirada das contas ativas e inativas, principalmente, somando R$ 1,185 bilhão.
Na mesma década, as operações de arrecadação ao Fundo contabilizaram 6,9 milhões. Elas foram responsáveis pelo acúmulo de R$ 5,6 bilhões. Logo, a diferença entre arrecadação e saques na década em referência ficou negativa em R$ 1,6 bilhão. Uma das explicações para esse desencontro de contas é o aumento do desemprego no Estado. Em 2017, a taxa de desocupação atingiu o porcentual recorde de 16,3% conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os saques dos recursos das contas do FGTS se tornaram, não somente em 2017, um “suspiro” para a frágil economia do Rio Grande do Norte.
Tribuna do Norte
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