Sábado, 05 de Setembro de 2015
por Estela Marques

Foto: Reprodução/ G1
A denúncia oferecida nesta sexta-feira (4) contra o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), e outros 15 agentes envolvidos em esquemas de corrupção investigados na 17ª fase da Operação Lava Jato mostra que existe um “problema que corrói nossa democracia”. A afirmação é do procurador Dalton Dallagnol. O procurador Roberson Pozzebon destacou a reflexão sobre o modelo de contratação pública, cujo vício tem sido refletido nos desdobramentos da Lava Jato. “O que vemos hoje é que nos modelos de contratação pública operou-se um modelo de negócio extremamente viciado, calcado na corrupção de agentes públicos, na fraude a procedimentos licitatórios. Operou de forma a maximizar os lucros exorbitantes das empresas, ensejando pequeno lucro para pagamento das propinas”, avaliou Pozzebon, ao citar relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que verificou superfaturamento de R$ 663 milhões no contrato executado pelo consórcio CNCC, na Refinaria Abreu e Lima. O valor foi quantificado a partir da análise de notas de vendas de materiais, no universo de R$ 1,4 bilhão.
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