martins em pauta

domingo, 16 de novembro de 2025

Shutdown, inflação, Donald Trump e as mentiras da grande mídia

Domingo, 16 de novembro de 2025

A resposta é muito simples: estamos no Brasil, ora. Por aqui, a regra é não conhecer nada e jogar no limbo do debate quem conhece alguma coisa. Não foi isso que os detratores de Lima Barreto fizeram? Os comunistas não espinafraram em vida um homem como Mário Ferreira dos Santos? Roberto Campos não virou símbolo de tudo de ruim por defender um capitalismo aberto como solução para os nossos problemas econômicos? A lista é enorme, mas os citados exemplificam bem tal quadro. Os melhores são escanteados para o sucesso dos medíocres.

Notem, por exemplo, a cobertura feita pela imprensa da política americana. Aproveitando da distância geográfica, os correspondentes e os ditos especialistas sentem-se livres para mentir, distorcer e omitir fatos de um jeito que envergonha até mesmo um democrata fanático. Todas as análises não passam de torcida mal disfarçada pela esquerda americana, constituindo uma fraude jornalística dantesca.

O shutdown é a paralisação do governo americano e ocorre quando não há acordo entre o Partido Democrata e o Partido Republicano – ambos dominam a política americana – para a votação do orçamento do governo federal. Não é algo incomum, pois certamente as motivações políticas existem e é muito tentador paralisar a máquina governamental quando o presidente é da outra agremiação.

Pois bem, a atual paralisação é a mais longa da história americana e ocorreu porque os democratas querem mais dinheiro para subsídios do setor de saúde criados pelo Obamacare. Acontece que eles aumentaram bastante na pandemia, e toda vez que o governo resolve subsidiar algum setor o resultado não pode ser outro: aumento de custos, criação de eternos dependentes do assistencialismo e dilapidação da atividade econômica privada. Muitos benefícios simplesmente não fazem mais sentido com o fim da crise da COVID-19 e renová-los será um golpe impiedoso para o contribuinte.

A postura dos republicanos de não ceder à chantagem dos democratas é correta. Mesmo com possíveis adversidades políticas em meio ao governo fechado, a responsabilidade fiscal não foi abandonada e continuou a nortear suas ações. Numa das atitudes mais desprezíveis que um partido pode tomar, os democratas bloquearam um projeto de lei idealizado por republicanos para garantir o pagamento dos funcionários federais e militares afetados pelo fechamento. Arrotam bom-mocismo e querem monopolizar as virtudes ao falar em defesa dos beneficiários do Obamacare, mas são incapazes de votar um projeto que ajudaria os servidores prejudicados por uma guerra política iniciada por eles próprios. É ridículo.

Outro tema favorito dos tais especialistas é a política econômica do presidente Donald Trump. Há uma dubiedade aqui: o corte de impostos e regulamentações é tido como ineficaz e generoso com os ricos, enquanto as sobretaxas aos produtos advindos de outros países são tratadas como uma agressão ao comércio global e responsável por mais inflação.

Chega a ser curioso ver tantos esquerdistas de carteirinha defender o livre comércio, a outrora tão odiada troca de mercadorias e serviços sem a intervenção estatal. Quanto à inflação, os dados dizem outra coisa: o relatório de setembro trouxe um aumento de 0,3% – um pouco menor do que o esperado. Ora, o preço da gasolina caiu 7,5% desde a posse de Trump, algo impressionado se comparado ao aumento anual de 7,7% no mandato do seu antecessor, Joe Biden. Os dados mostram uma desaceleração da inflação e de preços, e o aumento em determinados itens foi modesto, nada de absurdamente preocupante.

Aliás, onde estava a grande mídia para apontar o óbvio das políticas inflacionárias do governo Biden, o verdadeiro culpado pela inflação? Os gastos com pacotes de estímulos inúteis na pandemia não poderiam dar em outra coisa, pois o governo teve que ligar as máquinas de impressão de dólares em ritmo frenético, e todos sabem o que acontece quando o governo emite moeda sem demanda real. Torrar o dinheiro do contribuinte de maneira irresponsável gera inflação, aumento do custo de vida e diminuição da atividade econômica. Os democratas fizeram isso nos últimos quatro anos e querem fazer o mesmo com a chantagem do shutdown. Isso não é falado por Guga Chacra, Lourival Sant'Anna e tutti quanti.

O domínio do jornalismo pela esquerda é algo conhecido e não ocorreu apenas aqui. Como deve ser fato conhecido, o establishment midiático dos Estados Unidos também foi cooptado por esquerdistas que desejam transformar a realidade ao invés de descrevê-la como tal – papel primordial da profissão. Não por acaso o absoluto descrédito da CNN, do New York Times, da ABC e similares. Por mais imbecil que seja, o americano médio sabe que a grande mídia não é confiável e deseja enfiar goela abaixo das pessoas a agenda revolucionária progressista do beautiful people – agenda essa totalmente oposta aos valores dos Founding Fathers.

Aqui no Brasil a coisa é diferente. Até mesmo políticos, empresários e investidores acreditam fielmente no que a imprensa diz. Defender algo diferente é sinal de insanidade mental, e nada aterroriza mais um indivíduo carente de conhecimento e pequeno de espírito do que ser retratado como louco. O nosso país é definitivamente um hospício.

Foto de Carlos Júnior

Carlos Júnior

Jornalista


Fonte: Jornal da Cidade Online

“Piorou para o Brasil”, diz setor do café

Domingo, 16 de novembro de 2025

Foto: Reprodução

A retirada das tarifas recíprocas de 10% pelos Estados Unidos para 238 produtos agrícolas aumentou a pressão para que o Brasil avance na negociação que busca eliminar a sobretaxa adicional de 40% aplicada exclusivamente ao país.

Tanto a CNI (Confederação Nacional da Indústria) quanto o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) avaliam que a medida amplia vantagens para concorrentes brasileiros no principal destino das exportações industriais nacionais.

Em nota divulgada neste sábado (15.nov.2025), o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a permanência da tarifa de 40% reduz a competitividade de itens relevantes da pauta comercial brasileira, como carne bovina e café, enquanto países não sujeitos à sobretaxa passam a ter melhores condições para acessar o mercado norte-americano.

Análise preliminar da CNI mostra que a retirada das tarifas de 10% beneficia 80 produtos exportados pelo Brasil em 2024, que somaram US$ 4,6 bilhões –cerca de 11% das vendas para os EUA. Só 4 itens, porém, ficam totalmente livres de encargos: 3 categorias de suco de laranja e castanha-do-pará. Outros 76 seguirão enfrentando a alíquota de 40%, entre eles café não torrado, carne bovina e cera de carnaúba.

O setor de café também sinalizou preocupação. Em nota, o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) afirmou que o país segue submetido à tarifa base de 10% e à adicional de 40% prevista no Artigo 301. A entidade disse que ainda avalia se o novo ato do governo norte-americano altera uma, outra ou ambas as cobranças.

“Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil”, disse o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, ao g1. O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o anúncio de 6ª feira, a tarifa caiu para 40%, mas grandes concorrentes, como a Colômbia e o Vietnã, tiveram a sua tarifa zerada.

Já a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) adotou tom mais positivo. Em comunicado, a entidade classificou a redução tarifária sobre a carne bovina brasileira como gesto que reforça confiança no diálogo técnico entre os 2 países. Disse que a decisão devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas ao comércio, lembrando que os EUA são o 2º maior mercado da carne bovina do Brasil.

Segundo a Abiec, a medida fortalece a relação bilateral e abre espaço para retomada mais equilibrada e estável das vendas. A entidade afirmou que seguirá trabalhando com autoridades dos 2 países para ampliar oportunidades e consolidar o Brasil como fornecedor competitivo e confiável.

Apesar do alívio parcial, a CNI ressaltou que o ponto central permanece: a nova decisão norte-americana não altera a ordem executiva que mantém o adicional de 40% específico ao Brasil. Para a entidade, o governo brasileiro precisa negociar com urgência para restabelecer condições equitativas de comércio e evitar perda de participação de mercado para rivais internacionais.

Poder360

Flávio entrega mais de 1 milhão arrecadado para famílias de policiais mortos na Operação contra o CV

Domingo, 16 de novembro de 2025



A campanha de arrecadação mobilizou 21.443 doadores e alcançou o valor total de R$ 1.200.327,99. O montante superou a meta inicial, que previa destinar R$ 100 mil para cada família dos policiais falecidos na operação.

"Arrecadamos mais de R$ 1 milhão para as famílias dos policiais tombados e para os feridos da megaoperação no Rio de Janeiro, que alguns seguem em estado crítico. Obrigado a cada brasileiro que doou. A solidariedade do nosso povo é gigantesca e faz toda a diferença neste momento tão difícil", publicou o senador na plataforma X.

A iniciativa foi idealizada pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que posteriormente buscou apoio de Flávio Bolsonaro para ampliar o alcance da arrecadação. A parceria entre os parlamentares do PL contribuiu para que o valor arrecadado ultrapassasse o inicialmente previsto.

O próprio senador Flávio Bolsonaro e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão entre os contribuintes da "vaquinha". Após finalizar a campanha, o senador divulgou um vídeo em suas redes sociais informando o valor arrecadado e agradecendo aos participantes.

O evento de entrega dos recursos contou com a presença dos familiares dos policiais mortos e dos agentes que sofreram ferimentos. Os organizadores decidiram destinar os recursos tanto às famílias dos falecidos quanto aos policiais feridos na operação.

Fonte: Jornal da Cidade Online

Caso nos EUA em que depoimento de menino de 7 anos levou mãe à prisão perpétua, pode ser reavaliado 17 anos depois (veja o vídeo)

 Domingo, 16 de novembro de 2025

O depoimento do filho de Lewis, AJ Hutto, também com sete anos na época, foi determinante para a condenação. Durante o interrogatório conduzido pelo promotor Larry Basford, o menino afirmou ter visto sua mãe afogando a irmã na piscina de 1,20 metro no quintal da casa da família em Esto, Fl.

No julgamento, AJ explicou um desenho de figuras de palito que havia feito. Apontando para uma linha no papel, o garoto declarou:

"Essa é a minha mãe... matando a minha irmã".

Segundo ele, a linha representava o braço de Lewis empurrando o rosto de Adrianna para baixo na água.

O juiz Allen Register considerou o menino apto a testemunhar, apesar da pouca idade. AJ contou que observava o incidente de perto de uma árvore. Em seu desenho, escreveu "ela fez", e quando questionado sobre o significado, respondeu que queria dizer "ela morreu", referindo-se à irmã.

Amanda Lewis mantém declarações de inocência desde sua prisão. Ela afirma que a morte da filha foi acidental, resultado de uma queda na piscina enquanto tentava remover insetos da água.

Em entrevista à ABC News em 2010, Lewis descreveu o momento em que encontrou a filha:

"Quando cheguei à piscina... ela estava de bruços... muito roxa, muito azul". 

Ela afirma ter iniciado procedimentos de ressuscitação antes de acionar o serviço de emergência.

A defensora da condenada argumenta que "o caso não começou com um crime, começou com uma tragédia". Ela sustenta que suposições distorcidas levaram à condenação.

AJ Hutto, hoje com 24 anos, casado e bombeiro, quebrou seu silêncio em abril deste ano. Em entrevista ao Daily Mail, ele reafirmou seu testemunho original:

"Acredito que minha mãe biológica é cem por cento culpada. Mantenho cada palavra que disse no julgamento".

Após a condenação de sua mãe, AJ foi adotado e teve seu nome alterado. A revisão judicial poderá resultar na anulação da condenação de Lewis, possibilitando um novo julgamento ou sua libertação.

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

PF faz verdadeira “caçada” ao único foragido da "farra do INSS"

Domingo, 16 de novembro de 2025

A Polícia Federal (PF) mantém buscas por Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). É ele o único investigado que permanece foragido após operação realizada na quinta-feira (13). A ação policial resultou na prisão de nove dos dez alvos com mandados de prisão preventiva expedidos na Operação Sem Desconto.

Lopes comanda a Conafer desde 2011 e é apontado pelos investigadores como principal articulador e mentor intelectual do esquema fraudulento. A organização criminosa utilizava entidades e associações parceiras da autarquia federal para inserir cobranças não autorizadas no sistema, valores descontados automaticamente dos pagamentos de aposentados e pensionistas.

O caso veio à tona após reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Investigações jornalísticas posteriores mostraram que a arrecadação das entidades envolvidas com descontos em folha alcançou R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações enfrentavam milhares de processos por fraudes nas filiações.

As matérias serviram como base para as investigações oficiais. A PF listou 38 reportagens na representação que originou a Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril de 2025.

As investigações provocaram mudanças na estrutura do INSS e do Ministério da Previdência Social. O presidente da autarquia, Alessandro Stefanutto, e o ministro Carlos Lupi foram demitidos após a deflagração da operação policial em abril.

Entre os nove investigados já detidos pela PF estão o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como "Careca do INSS", que já estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Também foram presos Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho, Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Conafer e irmão do foragido, além de Cícero Marcelino de Souza Santos e Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior, ambos ligados à Conafer.

A lista inclui André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira, ex-procurador-geral da autarquia, e sua esposa, Thaísa Hoffmann.

Carlos Roberto Ferreira Lopes depôs à CPMI do INSS em 29 de setembro. No dia seguinte, foi preso em flagrante por falso testemunho, mas acabou liberado após pagar fiança de R$ 5 mil.

Levantamento da PF indica que a Conafer recebeu R$ 708 milhões provenientes do INSS. Desse total, R$ 640,9 milhões teriam sido desviados para empresas de fachada e contas de operadores financeiros vinculados ao grupo criminoso.

Fonte: Jornal da Cidade Online

Contato : (84) 9 9151-0643

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