Quarta, 12 de fevereiro de 2025
Tudo isso graças ao vereador da cidade Ricardo Ferreira (Avante), que entrou com um projeto de lei que busca remover o nome do jogador lendário de três locais da cidade:
- O Estádio Municipal Rei Pelé, que retomaria o nome de Elias Arbex, outro ex-prefeito da cidade.
- A Avenida Rei Pelé, que voltaria a se chamar Avenida Renato Azeredo, em homenagem a um ex-deputado estadual.
Além disso, inicialmente, o projeto incluía a Praça Pelé, com a proposta de voltar a se chamar Coronel José Martins, mas esta parte foi retirada antes da apresentação formal à Comissão de Justiça da Câmara.
O vereador alega que as homenagens a Pelé desconsideram figuras locais que tiveram um papel importante na história da cidade. Segundo ele, o excesso de tributos ao ex-jogador “apaga” a memória de outras personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do município.
A proposta, no entanto, gerou forte repercussão e contrariedade, tanto entre membros da Câmara Municipal, quanto na comunidade local.
O presidente da Câmara Municipal, Wesley Michel Rezende Dardaque (Podemos), manifestou-se publicamente contra o projeto:
“Ferreira mencionou, no começo do ano, que tinha interesse em apresentar o projeto. Eu disse que não concordava. Não falo pela Câmara. Entretanto, como vereador, vou me posicionar contra”, afirmou Dardaque em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
O pesquisador Fernando Ortiz, estudioso da trajetória de Pelé e um dos responsáveis por transformar a casa onde o ex-jogador viveu na infância em um ponto turístico da cidade, a “Casa Pelé”, foi convidado a argumentar contra o projeto.
Ortiz optou por escrever uma carta explicando por que considera inadmissível a remoção das homenagens.
A casa onde Pelé passou parte da infância, que se tornou um importante ponto de visitação, chega a atrair cerca de 300 turistas por dia, o que demonstra o quão relevante continua a figura do atleta para o município.
Atualmente, o projeto está em análise na Comissão de Constituição, Redação, Justiça e Cidadania da Câmara Municipal. O parecer deve ser emitido até o dia 21 de fevereiro. Se aprovado, o projeto seguirá para votação em plenário. Caso contrário, será arquivado.
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