Domingo, 05 de Fevereiro de 2023
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça que declare o novo juiz da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, suspeito para assumir os casos da força-tarefa anticorrupção na 13ª Vara Federal de Curitiba, em virtude de uma doação que o magistrado teria feito para a campanha do ex-presidiário Lula (PT) e de candidata a deputada do Partido dos Trabalhadores.
Appio, ao ser confrontado com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou ter feito as doações. Mas, estranhamente, o juiz chama a operação Lava Jato de "Vaza Jato", apelido que a esquerda nomeou à força-tarefa para desqualificar as mais de 260 ações abertas.
- Nunca fui filiado a nenhum partido. Não tenho tendência político-partidária - disse o magistrado, acrescentando, em seguida, que a Lava Jato teria sido "espetacularizada" e defendendo a "credibilidade" dos processos sob o seu comando.
O juiz também assinava no sistema da Justiça Federal como "LUL22" e só mudou a nomenclatura depois que as doações foram descobertas pela imprensa.
O deputado federal Deltan Dallagnol, que foi procurador da República e coordenador da força-tarefa em Curitiba, também protocolou notícia-crime na Polícia Federal para que as doações de Appio sejam investigadas devido à negativa do juiz de solicitar confirmação dos dados junto ao TSE.
A procuradora Carolina Bonfadini de Sá afirmou que o MPF já tem indícios suficientes para provar que Appio é desqualificado e parcial para assumir o cargo.
O órgão tem impresso as publicações do juiz contra a Lava Jato e também as doações feitas por ele ao Partido dos Trabalhadores.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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