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quarta-feira, 18 de maio de 2022

ALÉM DA QUEDA, O COICE: Postos de combustíveis do RN veem risco de desabastecimento no estado

Quarta, 18 de maio de 2022

Foto: Ilustrativa

O setor de varejo de derivados de petróleo do RN segue enfrentando dificuldades. Além de estar amargando quedas nas vendas que chegam a 30% (ratificadas pelos últimos números da arrecadação de impostos no estado), os postos agora convivem com uma ameaça igualmente preocupante: o desabastecimento e a consequente falta de produtos nas bombas.

Informações de algumas distribuidoras dão conta de que a Petrobras tem feito cortes constantes nas cotas de compras que lhes são disponibilizadas, por falta de capacidade operacional para atender à toda a demanda. Além disso, em razão do déficit atual entre os preços praticados no Brasil e aqueles do mercado internacional (a própria Petrobras reconhece que só na gasolina esta defasagem é hoje da ordem de 20%) as próprias distribuidoras, principalmente as regionais, têm evitado importar os volumes necessários para complementar suas vendas, com receio de terem que arcar com prejuízo.

O resultado prático disso é a falta de produto para o abastecimento do mercado. Esta escassez já é uma realidade no diesel S10, cujas compras estão em constante restrição há cerca de dois meses. Pior é que a previsão para o mês de junho é que o cenário seja agravado e o problema atinja também a gasolina.

O quadro complica ainda mais uma situação que já não é simples. Nesta terça, 17, pela primeira vez nos últimos dez anos, o setor de Comércio Varejista de Combustíveis deixou de ocupar o topo da lista dos setores que mais arrecadam ICMS no Rio Grande do Norte.
Em abril/2022, dados da Secretaria de Tributação do Estado mostram que a arrecadação de ICMS do setor de postos e distribuidoras de combustíveis ficou apenas em segundo lugar na lista dos principais arrecadadores do imposto.

O setor viu sua arrecadação despencar de R$ 138 milhões em março para R$ 116 milhões em abril (queda de 19%).  Dados do boletim demonstram que, desde novembro do ano passado, quando foi instituído o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (valor de referência sobre o qual é cobrado o ICMS sobre a gasolina, cuja sigla é PMPF), a arrecadação deste segmento vem diminuindo mês a mês, caindo de R$ 150 milhões, em dezembro, para os R$ 116 milhões verificados no mês passado.

Ou seja, com a manutenção da base de cobrança do imposto (anulando, para efeito de tributação da gasolina, o efeito do aumento do preço final na bomba ou mesmo na refinaria), o recolhimento despencou.

O dado ratifica a queda que os postos do estado vêm verificando nas vendas, que chega a 30% em alguns casos e fica em torno de 25% na média, desde meados do ano passado, em relação ao período pré-pandemia.

“Os números reforçam o que nós vimos dizendo sempre: não interessa aos postos que os preços subam porque, com a alta vem a inevitável queda nas vendas. E nenhum varejista quer, ou mesmo pode, vender menos. Nos interessa menos ainda um cenário de desabastecimento porque isso seria extremamente desastroso para todo o sistema”, afirma o presidente do Sindipostos RN, Maxwell Flor.


Fonte: Blog do BG

OPINIÃO DOS LEITORES

  1. Confio no meu Messias Todo Powerfull. Não me preocupo, ele não vai deixar faltar combustíveis e nem vai permitir que os proprietários de postos e acionistas sejam empurrados à miséria.

  2. O problema da caristia de produtos atualmente no Brasil, se deve ao fato da histórica escolha ou opção errada do governo Federal do Brasil do passado pelo sistema de transporte rodoviário por caminhões e carretas movidos a diesel, em razão do lobby desse setor industrial que se instalou no Brasil nas décadas de 1950 e 1960, o lobby industrial e politico que boicotou todo o sistema de transporte ferroviário existente e o seu crescimento em beneficios próprios, já nos EUA existem aqueles imensos trêns de cargas com 180 vagões com 3 mil e 600 metros ou 3,6 km de extensão que carregam o equivalente a mais ou menos 180 carretas em uma só viagem.

  3. A política de preços dos combustíveis estabelecidas pela Petrobrás é, de longe, a maior vilã da inflação. Vemos uma empresa cujo Estado tem participação atuando para destruir o Brasil.

  4. Os postos etão sofrendo tanto quanto o consumidor. tem pais de família que podem perder o emprego com as vendas em queda… e ainda mais esta de faltar combustível… imagina um supermercado sem ter alimentos pra vender… triste. a que pgto chegamos.

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