Terça, 02 de maio de 2015
Sim, é possível!
Uma série de fatores determinará composição e projeto político do grupo da ex-governadora em 2016
A prioridade do grupo da ex-governadora Rosalba Ciarlini é ter candidato próprio às eleições a prefeito de Mossoró em 2016. Ela, por exemplo. Seu sobrinho-afim e deputado federal Beto Rosado (PP) começou a circular, “agradecendo” a votação local nas eleições do ano passado. É uma opção.
Algumas variáveis e conjuntura da época da campanha/pleito pesarão no rumo a ser tomado. A “Rosa” movimenta-se e esgueira-se nos bastidores, auscultando as bases e deixando o marido e ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (sem partido) tratar da engenharia política. É o forte dele. Dela, não.

No dia 30 de Setembro de 2014, Rosalba e o prefeito estiveram no mesmo palanque festivo (Foto: Demis Roussos)
É bom que os fieis seguidores e leitores mais xiitas da ex-governadora puxem o freio-de-mão em certos destemperos com esse ou aquele “adversário”. Amanhã, talvez estejam ao seu lado.
Qualquer dúvida, é só lembrar que Rosalba já foi correligionária de Wilma de Faria (PSB), depois adversária; aliada de Henrique Alves (PMDB), depois adversária; aliada de José Agripino, depois adversária.
Uma composição com o grupo da prima e contendora Sandra Rosado (PSB), ex-deputada federal, não está descartada. Contudo não é muito provável que vingue.
“Minha prima” e “A poderosa”, codinomes que Carlos dá à ex-deputada, em tom irônico, sabe que esse apoio seria combustível indispensável para ela voltar a sonhar com a Prefeitura, através da sua filha e ex-deputada estadual Larissa Rosado (PSB). Sem esse tipo de diferencial, uma nova candidatura (a quinta consecutiva) de Larissa estará mais vulnerável do que nunca.
O casal Rosalba-Carlos Augusto tem consciência que mesmo debilitado e apenas com o mandato do vereador Lahyrinho Rosado (PSB), Sandra dificilmente teria seu grupo aceito pela maioria dos rosalbistas. Além disso, longe da prefeitura há quase 20 anos, e de natureza centralizadora como o primo Carlos, não partilharia o poder em nome de interesses bilaterais.
Francisco José Júnior
Em relação ao prefeito Francisco José Júnior (PSD), não há um veto irremediável ou irrestrito imposto pelo casal. Nem simpatia, digamos.
Tudo é uma questão de pragmatismo.
Uma composição futura está entre as hipóteses que o rosalbismo matuta. Do outro lado, o sentimento do prefeito é o mesmo.
Tudo vai depender de alguns detalhes, contexto eleitoral, aspectos legais e estágio do próprio governo municipal lá adiante. Se estiver revigorado, então os sorrisos podem ser restabelecidos.
Discurso e humor mudam ao sabor do vento e sob o movimento das nuvens. Os principais atores da política paroquial mossoroenses precisam sobreviver. Partindo dessa premissa, tudo é possível.
A propósito, quem ficar mais atento perceberá que de lado a lado não existe declaração textual de satanização ou mesmo censura velada ao outro. O prefeito não enfrenta nenhuma oposição feroz, apenas lampejos mais alterados desse ou daquele militante. Os líderes são mais contidos.
Todos os envolvidos nesse enredo exercitam à plenitude aquela máxima do poder: “A política é dinâmica”. Só a turma do andar de baixo e do porão tem dificuldade de entender essa capacidade de adaptação.
Algumas surpresas podem estar reservadas para o futuro próximo.
Fonte: Carlos Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário