Quarta, 11 de março de 2015

O dólar fechou em queda nesta terça-feira (10), interrompendo a série de seis altas consecutivas, devido a operações de ajustes de portfólio, mas continuou oscilando perto das máximas em quase 11 anos em meio a preocupações com a política monetária dos Estados Unidos e a situação política e econômica do Brasil. A moeda americana caiu 0,82%, a R$ 3,1040 na venda, após subir mais de 1% na máxima da sessão, a R$ 3,1735, maior cotação intradia desde o fim de maio de 2004. Na mínima, a divisa também caiu mais de 1%, a R$ 3,0898. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,6 bilhão (próximo de R$ 5 bilhões). O mercado vem se mantendo atento às dificuldades que o governo vem enfrentando para implementar medidas de reequilíbrio das contas públicas, o que ganhou novo ar de incerteza no fim de semana após as manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff. "O dólar vem subindo com força e quem precisa vender não sabe se entra agora ou mais tarde. Por isso, é normal o câmbio dar alguns respiros, embora a tendência ainda seja definitivamente de alta", disse o operador da corretora Walpires, José Carlos Amado. Nesta sessão, o dólar se fortaleceu nos mercados externos, refletindo expectativas de que os juros norte-americanos comecem a subir em breve, o que poderia atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em outros mercados. A moeda dos EUA atingiu a máxima em doze anos contra o euro.
Cautela no mercado: Para o economista da consultoria Tendências, Silvio Campos Neto, os investidores vão ficar “muito cautelosos com ativos domésticos e preparados para assumir posições defensivas de olho em todos os sinais que saiam nos próximos dias". "Esforço fiscal é temporário", diz Dilma Rousseff. Campos Neto avaliou que é muito difícil falar sobre um teto para a moeda americana, "num momento como esse de muita incerteza e fatores locais e externos puxando para o mesmo lado". Nesse cenário, há também incertezas sobre o futuro das intervenções diários do Banco Central no câmbio, marcadas para durar pelo menos até o fim de março. "O que deixa o mercado confuso é que já deveria ter havido algum sinal do BC, seja com o aumento da rolagem, seja com leilões de linha", afirmou o operador de um importante banco nacional. Campos Neto avaliou que é muito difícil falar sobre um teto para a moeda americana, "num momento como esse de muita incerteza e fatores locais e externos puxando para o mesmo lado". Nesse cenário, há também incertezas sobre o futuro das intervenções diários do Banco Central no câmbio, marcadas para durar pelo menos até o fim de março. "O que deixa o mercado confuso é que já deveria ter havido algum sinal do BC, seja com o aumento da rolagem, seja com leilões de linha", afirmou o operador de um importante banco nacional.
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