Sábado, 11 de outubro de 2014

Seguindo a postagem, Josenilda expressa sua indignação com as pessoas, chamadas por ela de "filhinhos de papai", que criticam o programa social -- considerado em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU) um exemplo de erradicação da pobreza e elogiado pela diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em debate realizado na última quinta (9), nos Estados Unidos. Por conta da nem sempre honesta disputa eleitoral na internet, a postagem começou a ser incessantemente compartilhada e comentada. Josenilda passou a receber diversas ofensas que a fizeram modificar o nome e a foto que adotava na rede social. Sua intenção, conta, era apenas demonstrar como os trabalhadores pobres precisam de ajuda para que seus filhos tenham chance de ter um destino diferente. "Meu pai não teve chance de estudar, minha mãe estudou até a 4ª série, mas como não tinha acesso as séries seguintes, ela repetiu tudo de novo na esperança de um dia conseguir levar adiante", disse.
Segundo Josenilda, foi por conta do Bolsa Família e de outros projetos do governo federal que ela conseguiu ter um futuro melhor. Mas engana-se quem acha que ela é só elogios para o programa: desde 2002, quando seus pais se cadastraram, o benefício foi cortado algumas vezes -- o que indignou a família. Após finalizar a 4ª série, Josenilda foi mandada para morar com o irmão mais velho em outra cidade, onde ela continuou com os estudos. Desde então, ela passou a acompanhá-lo. Atualmente, os dois moram em Natal, capital do Rio Grande do Norte, e em 2011 ela entrou na UFRN. A maior vontade da estudante é trazer os pais do sítio em São Fernando para morar com ela na capital. "Agora é a minha vez de cuidar deles", diz. (Metro1)
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