Domingo, 05 de janeiro de 2025
A lei, publicada nesta sexta-feira (3) no Diário Oficial da União (DOU), autoriza a exploração econômica da infraestrutura aeroespacial.
Além do absurdo de inventar outra estatal, ainda mais no momento em que o Brasil discute como cortar gastos, a Alada nasce sob o ar da desconfiança. Em 2006, também no governo Lula, o país criou a Alcântara Cyclone Space (ACS), uma empresa pública binacional em parceria com a Ucrânia. A iniciativa visava lançar satélites internacionais a partir do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, usando foguetes de tecnologia do país do leste europeu. A empreitada, porém, não decolou. A crise econômica dos dois lados do oceano, a falta de aportes estrangeiros e a queda de braço com os Estados Unidos em tratados de cooperação tecnológica enterraram a ACS, extinta em 2015 com um saldo negativo de quase meio bilhão de reais e nenhum lançamento espacial registrado. Uma piada.
Não bastasse a memória do prejuízo provocado por essa piada de mau gosto, a iniciativa do governo federal reacende preocupações sobre o negócio se tornar um novo ralo de dinheiro público. Uma prática que a esquerda adora.
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