Quinta, 30 de janeiro de 2025
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que irá suspender as atividades da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do órgão, batizada de IBGE+. A iniciativa é considerada o epicentro de uma crise de insatisfação com o presidente do instituto, Marcio Pochmann.
A nova instituição é um braço do IBGE, mas tem autorização para receber dinheiro de empresas privadas, por exemplo, para realizar pesquisas contratadas. Ela foi criada com o objetivo de suprir a falta de dinheiro público para manter a estrutura do órgão federal.
No entanto, servidores demonstram insatisfação e defendem que abrir o órgão federal para investimento privado, a partir de uma iniciativa “controversa”, pode acarretar em perda de autonomia e credibilidade a longo prazo.
Diante das críticas, o IBGE anunciou que a fundação terá as atividades temporariamente interrompidas.
“Frente a esse desafio, estão sendo mapeados modelos alternativos que podem ensejar alterações legislativas, o que requererá um diálogo franco e aberto com o Congresso Nacional. Desta forma, o MPO [Ministério do Planejamento e Orçamento] e o IBGE esclarecem que qualquer decisão que oportunamente for tomada seguirá o debate no IBGE e com o Executivo e o Legislativo”, diz o documento.
O espalhamento da insatisfação com o atual presidente do instituto, Marcio Pochamnn, alcança desde servidores e técnicos a diretores do instituto. Dos 651 servidores que querem sua saída 289 têm cargos de chefia.
A insatisfação já ultrapassou a agitação sindical há muito tempo, e passou a ser uma crise de patamar sério. Um instituto com a credibilidade do IBGE tem uma carta aberta com mais de 600 pessoas expondo seus nomes para acusar Pochmann de autoritarismo.
Em carta aberta contra o presidente do órgão, servidores defendem que “a condução do IBGE com viés autoritário, político e midiático pela gestão Pochmann é a verdadeira causa da crise em que se encontra a instituição”.
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