Quarta, 16 de Agosto de 2023
O número de presos políticos na Nicarágua aumentou de 64 para 78, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Mecanismo de Reconhecimento de Presos Políticos. O relatório é endossado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Entre os 78 presos políticos, 12 são mulheres e 66 são homens. 14 dos presos são idosos. Os presos políticos são acusados de uma variedade de crimes, incluindo traição, incitação à violência e lavagem de dinheiro.
O relatório também afirma que o ditadura da Nicarágua continua a criminalizar a liberdade religiosa. No período coberto pelo relatório, um padre e pelo menos 10 pessoas pertencentes à paróquia e/ou trabalhadores de ONGs católicas foram presos.
Os povos indígenas da Nicarágua também estão sofrendo violações de seus direitos humanos. O relatório afirma que a violência sistemática contra os povos indígenas Miskitu e Mayangna não parou, e que houve um alto número de atos de violência por parte de colonos desde 2015.
Além dos ataques violentos, houve invasões e apropriações de territórios e queima de casas indígenas e seus cultivos. Isso gerou uma crise alimentar e deslocamentos forçados internos.
O relatório pede que a comunidade internacional tome medidas para pressionar a ditadura da Nicarágua a libertar os presos políticos e respeitar os direitos humanos dos povos indígenas.
A Nicarágua vive uma crise política e social desde abril de 2018. A crise se agravou após as eleições gerais de 7 de novembro de 2021, nas quais Daniel Ortega foi reeleito para um quinto mandato.
(Gazeta Brasil)
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