Segunda, 5 de maio de 2025
Durante a breve declaração à imprensa, ele criticou duramente as penas impostas a envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes. Em meio a lágrimas, Bolsonaro relatou o caso de Débora dos Santos, condenada a 14 anos de prisão, e questionou:
“A Polícia Federal vai lá pegar a Débora (dos Santos) e deixar 2 filhos chorando para trás, para ela cumprir o restante dos 14 anos de prisão?”
Ele comparou ainda a situação atual à de militantes de esquerda no passado, afirmando:
“Logo a esquerda, que é contra, foi anistiada por dezenas de vezes.”
O ex-presidente contestou a caracterização dos atos como imperdoáveis.
“Não adianta alguém falar que anistia é perdão e dizer que o que aconteceu é imperdoável”, disse, reforçando que, em sua avaliação, não houve violência armada nos acontecimentos de janeiro:
“Não teve uma gota de sangue, arma de fogo, nada.
Bolsonaro também voltou a fazer críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação à liberação de provas que sustentam sua defesa. Segundo ele, os documentos foram entregues apenas no fim de abril, dificultando a elaboração de sua argumentação jurídica.
“Então tivemos que fazer nossa defesa sem tudo”, declarou.
“Queria saber por que ele me vincula ao 8 de Janeiro, uma vez que eu estava nos Estados Unidos.”
Mesmo em recuperação e sob recomendações médicas para evitar esforços físicos e aglomerações, Bolsonaro expressou o desejo de participar, ao menos simbolicamente, da “Marcha Pacífica da Anistia Humanitária”, prevista para ocorrer em 7 de maio em Brasília.
“Se tiver condições físicas, pelo menos lá na torre me faço presente”, afirmou, referindo-se à Praça dos Três Poderes.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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