Segunda, 30 de junho de 2025
A revista britânica The Economist publicou neste domingo (29) um editorial severo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retratando sua liderança como desconectada das exigências atuais tanto no cenário interno quanto no exterior. Com o título “A real nowhere man” — algo como “um verdadeiro homem de lugar nenhum” —, o artigo retrata Lula como um chefe de Estado sem rumo definido, com influência internacional reduzida e sem respaldo expressivo entre os brasileiros.
Segundo a publicação, o petista conduz uma política externa considerada contraditória e pouco eficaz, enquanto sua popularidade doméstica apresenta declínio constante. O texto destaca que o Brasil, sob sua presidência do BRICS neste ano, tem se afastado dos valores democráticos ocidentais ao adotar posicionamentos próximos de governos como os do Irã, da China e da Rússia. Em meio à preparação para a cúpula do bloco, marcada para julho no Rio de Janeiro, o Itamaraty estaria trabalhando para evitar maiores desgastes diplomáticos.
O editorial também observa o distanciamento proposital do Brasil em relação aos Estados Unidos, liderados por Donald Trump, ao passo que o governo brasileiro reforça laços com Pequim. A tentativa frustrada de Lula em atuar como mediador no conflito entre Ucrânia e Rússia é mencionada como exemplo da fragilidade diplomática atual do Planalto. Além disso, sua postura em relação à crise na Venezuela e ao agravamento da situação no Haiti é criticada como carente de pragmatismo.
Internamente, a análise da revista aponta para uma queda de apoio significativa. A aprovação pessoal de Lula estaria abaixo de 40%, enquanto sua tradicional base de sustentação — formada por sindicalistas, setores da Igreja Católica e beneficiários de programas sociais — já não representa o novo cenário eleitoral brasileiro. A ascensão do eleitorado evangélico, a informalidade econômica crescente e o fortalecimento de forças conservadoras em todo o território nacional mudaram o jogo político.
Um marco dessa instabilidade, segundo a Economist, foi a recente rejeição pelo Congresso de um decreto presidencial importante, considerada uma derrota inédita para Lula em mais de três décadas de vida pública. A derrota enfraquece a margem de manobra fiscal do governo em um momento decisivo, com as eleições de 2026 no horizonte.
Encerrando a análise, a publicação sugere que Lula reavalie sua estratégia de protagonismo internacional, defendendo que o foco imediato de sua gestão deveria recair sobre os desafios domésticos, que exigem ações concretas e eficazes frente à complexidade atual do Brasil.
Diante dessa dura realidade, dentro do PT o desespero é geral!
Fonte: Jornal da Cidade Online
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