Domingo, 12 de novembro de 2023
Paulo César Ladeira (PT), ex-prefeito da cidade de Carmo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, está sendo investigado em uma operação conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Civil do RJ.
A operação tem o objetivo de apurar a suspeita de superfaturamento na aquisição de respiradores durante a pandemia de Covid-19.
Até o momento, cinco pessoas foram detidas e outras duas estão sendo procuradas. Entre os indivíduos presos está Rui Tomé de Souza Aguiar, que ocupava o cargo de assessor da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) no momento da compra e atualmente está vinculado ao gabinete do deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT).
Os demais detidos são Alex Sachi da Silva, Jubert Silva Cardoso, Nielsei Souza de Melo e Thiago Cardoso de Castro.
Inicialmente, o MPRJ havia divulgado que Ladeira também havia sido detido, mas posteriormente corrigiu a informação e esclareceu que o mandado contra ele era de busca e apreensão.
Ladeira já foi preso pelo menos duas vezes em 2021, em decorrência de suspeitas de irregularidades em contratos relacionados à limpeza urbana em Carmo. Em duas fases da Operação Chorume, que é relacionada à Operação Éolo, agentes apreenderam R$ 130 mil que estavam escondidos em tubos de PVC em uma propriedade do ex-prefeito.
De acordo com as autoridades, esse valor seria proveniente de propina paga pela empresa responsável pela coleta de lixo na cidade.
Os mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira foram emitidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital e executados em diversos endereços, incluindo Recreio dos Bandeirantes, Barra de Guaratiba, Mangaratiba, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita, Laje do Muriaé e Carmo.
De acordo com as investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) na Operação Éolo, Ladeira adquiriu nove respiradores da empresa Sheridan Rio Comércio e Serviços em 2020, utilizando recursos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
O MPRJ identificou indícios de sobrepreço e verificou que apenas quatro dos nove aparelhos estavam funcionando. A Sheridan, que tem como atividade principal a limpeza em edifícios e residências, possui atividades secundárias, como construção de estradas, agência de viagens, produção musical e teatral, comércio de equipamentos hospitalares e fabricação de meias.
O Gaeco/MPRJ apresentou uma denúncia à Justiça contra 14 pessoas pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, contratação direta ilegal, fraude nos contratos de licitação e lavagem de dinheiro.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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